Busca avançada
Ano de início
Entree
(Referência obtida automaticamente do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

A infecção tuberculosa e o tempo de prisão da população carcerária dos Distritos Policiais da zona oeste da cidade de São Paulo

Texto completo
Autor(es):
Péricles Alves Nogueira [1] ; Regina Maura Cabral de Melo Abrahão [2]
Número total de Autores: 2
Afiliação do(s) autor(es):
[1] USP. Faculdade de Saúde Pública. Departamento de Epidemiologia - Brasil
[2] USP. Faculdade de Saúde Pública. Departamento de Epidemiologia
Número total de Afiliações: 2
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: Revista Brasileira de Epidemiologia; v. 12, n. 1, p. 30-38, 2009-03-00.
Área do conhecimento: Ciências da Saúde - Saúde Coletiva
Assunto(s):Infecções respiratórias   Tuberculose   Prisões   População carcerária
Resumo

INTRODUÇÃO: A tuberculose sempre foi um grave problema de saúde para grupos de pessoas confinadas, especialmente em presídios, devido à sua transmissão respiratória. OBJETIVO: Verificar a associação entre o tempo de prisão e a taxa de infecção tuberculosa na população carcerária dos Distritos Policiais da zona oeste da cidade de São Paulo. METODOLOGIA:Foi realizado um estudo observacional, no período de março de 2000 a maio de 2001, com a aplicação de um inquérito individual e da prova tuberculínica (PPD-RT23 - 2UT/0.1ml) nos detentos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Do total de 1.052 presos entrevistados, 932 concordaram em fazer a prova tuberculínica e, destes, 64,5% estavam infectados. Para as análises, os detentos foram classificados como primários e reincidentes e como não reatores e reatores à prova tuberculínica, segundo o tempo de prisão. Entre os 134 detentos primários que estavam presos há menos de 60 dias, 40,3% foram reatores ao PPD e dos 53 com mais de 366 dias de prisão a percentagem de reatores foi de 62,3%. Entre os 146 detentos reincidentes presos há menos de 60 dias, 72,6% foram reatores ao PPD e dos 25 com mais de 366 dias de prisão, 100,0% estava infectado. Em todos os períodos de permanência na prisão, os detentos reincidentes tiveram maior percentagem de infecção tuberculosa do que os detentos primários. A associação entre tempo de prisão e reatividade ao PPD foi confirmada pelo Teste de Tendência (p<0.001) do programa Epi-Info-6. CONCLUSÕES:Quanto maior o tempo de prisão, maior a taxa de infecção tuberculosa. Detentos reincidentes são um risco de infecção para os detentos primários. (AU)

Processo FAPESP: 00/06991-9 - Diagnóstico da tuberculose na população carcerária dos distritos policiais da zona oeste da cidade de São Paulo
Beneficiário:Péricles Alves Nogueira
Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Regular