Avaliação do metabolismo mineral ósseo e do "status" de vitamina d em pacientes transplantados renais

Resumo

Os distúrbios na homeostase do cálcio, do fósforo, da vitamina D e do paratormônio (PTH) ocorrem precocemente na doença renal crônica (DRC) e desempenham papel fundamental na fisiopatogenia das doenças ósseas que acometem esses pacientes. O distúrbio mineral ósseo piora consideravelmente durante a terapia dialítica e em muitos casos pode persistir após o transplante (Tx) renal. Além de perderem massa óssea, muitos estudos têm confirmado o risco aumentado de fraturas após transplante renal. Diante desta realidade, o objetivo do presente estudo é avaliar o metabolismo de cálcio e fósforo, o "status" de vitamina D, o estado nutricional, o consumo de cálcio, a composição corporal, a densidade mineral óssea e os marcadores bioquímicos de remodelação óssea em pacientes submetidos a transplante de rim ou pâncreas-rim.Serão selecionados 100 pacientes adultos, de ambos os sexos, com idade entre 18 e 70 anos, no pós-operatório tardio (>6 meses) de transplante renal ou de pâncreas-rim. Os pacientes serão submetidos à avaliação antropométrica, avaliação da composição corporal, levantamento de hábito alimentar através de recordatório de 24h, avaliação da densidade mineral óssea, coleta de sangue e urina de 24h. Na amostra de sangue serão determinados uréia, creatinina, albumina, cálcio, magnésio,fósforo, FGF 23, PTH, 25(OH)D, 1,25(OH)2D3, fosfatase alcalina óssea e deoxipiridinolina. Na urina de 24h serão determinados cálcio, magnésio, fósforo e creatinina. O clearance de creatinina também será determinado a partir destas dosagens. (AU)