Órtese de tornozelo: efeito sobre variáveis dinamométricas e eletromiográficas durante simulação do basquetebol

Resumo

No basquetebol, as entorses de tornozelo correspondem às lesões mais comuns da modalidade, sendo que as entorses por inversão da articulação do tornozelo apresentam os maiores índices de ocorrência. Estas lesões compreendem a aproximadamente 45,9% das causas de afastamento dos atletas por uma semana ou mais da competição. Por esta razão, o uso de órteses de tornozelo tem sido apontado como uma medida para prevenir as lesões de entorse por inversão desta articulação em atletas do basquetebol. Em função disso, este estudo tem o propósito de analisar o efeito do uso de órtese de tornozelo em variáveis dinamométricas e eletromiográficas de músculos estabilizadores do tornozelo durante uma simulação do jogo de basquetebol. Participarão deste estudo 10 atletas praticantes de basquetebol com idade entre 17 e 25 anos, todos sem antecedentes de lesões ósteomioarticulares nos membros inferiores nos últimos 6 meses e sem instabilidade mecânica no tornozelo. Os voluntários realizarão uma simulação de jogo que representará, aproximadamente, as demandas físicas do jogo de basquetebol, composto por 4 períodos de 10 minutos, em duas situações distintas, com e sem a utilização da órtese de tornozelo. Será considerado um intervalo mínimo de 72 horas entre cada situação proposta. Previamente ao início desta simulação de jogo e após o 2º e o 4º períodos serão realizadas as avaliações dinamométricas e eletromiográficas dos músculos tibial anterior, fibular longo e fibular curto do membro inferior direito. Para tanto, serão realizadas 5 contrações isocinéticas máximas concêntricas e excêntrica dos grupos musculares eversores e inversores do tornozelo nas velocidades angulares de 60°/s e 120°/s, a partir de uma posição neutra. Serão considerados 2 minutos de intervalo entre os movimentos articulares de inversão e eversão do tornozelo. Espera-se que a utilização da órtese de tornozelo apresente uma relação positiva com os parâmetros biomecânicos (dinamométricos e eletromiográficos) no sentido de manter a estabilidade do tornozelo. (AU)