Frequência alimentar e período de alimentação no cultivo de rã-touro em tanque-rede

Resumo

Nos diferentes sistemas de produção de rãs, como o sistema inundado, anfigranja e confinamento, os principais problemas na produção estão relacionados à qualidade da água e ao manejo alimentar. Nesses sistemas, a ração é fornecida poucas vezes ao dia, perdendo qualidade com o tempo e podendo se contaminar com sobras de ração fermentada e fezes, quando é fornecida diretamente na água. Fornecer a ração mais vezes durante o dia, em pequenas porções, e criar as rãs em tanque-rede pode ser uma solução para essas deficiências da ranicultura. O projeto tem por objetivo determinar a frequência e o período mais adequados para o fornecimento de ração para rã-touro em tanque-rede. Serão utilizadas rãs-touro (Lithobates catesbeianus) distribuídas em 36 tanques-rede de 1m3, em delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial, com duas frequências de alimentação (48 e 120 refeições/dia), três períodos (diurno, noturno e contínuo) com seis repetições por tratamento. Os tanques-rede serão dispostos linearmente em um viveiro de 2.000 m2 com renovação de água de 5 a 10%. A ração será fornecida por meio de alimentadores automáticos e a temperatura e pH da água monitorada diariamente, a cada 15 minutos, por meio de datalogger. Serão avaliados o desempenho produtivo, características alométricas, atividade de enzimas digestivas (tripsina, quimiotripsina, aminopeptidase e maltase), morfologia intestinal, histopatologia do fígado e digestibilidade aparente da ração. Para determinação da digestibilidade será utilizada a sílica como marcador interno, e os resultados comparados com os dados obtidos utilizando o óxido de crômio como marcador externo.