Exposição materna de ratas Wistar ao veneno do escorpião Tityus bahiensis durante o periodo de lactação e seus efeitos na prole.

Resumo

Os escorpiões encontram-se entre os mais antigos artrópodes que habitam a Terra e quase não se modificaram com o passar dos séculos. A peçonha deles é direcionada preferencialmente a obtenção de seus alimentos, mas existem toxinas anti-mamíferos adquiridas provavelmente no processo evolutivo. Os sintomas de um envenenamento escorpiônico estão bem definidos e variam de acordo com a quantidade de veneno inoculado no tecido, e com a sensibilidade de cada indivíduo. Os venenos dos escorpiões são compostos por neurotoxinas, polipeptídios básicos de baixo peso molecular que agem sobre os canais iônicos, principalmente de sódio e potássio.Há estudos mostrando que as toxinas escorpiônicas são capazes de aumentar a liberação de neurotransmissores no sistema nervoso central e periférico e os níveis plasmáticos de citocinas. Apesar dos efeitos causados, existem poucos dados na literatura sobre o efeito do veneno sobre a prole no período pós-natal e na idade adulta de mães que entram em contato com este durante a lactação. Portanto, neste trabalho pretendemos estudar os efeitos comportamentais e reflexológicos da prole de ratos no período pós-natal e na idade adulta, além da participação das citocinas (IL-1 alfa, IL-1 beta, IL-6, INF-³) nos efeitos observados em filhotes de mães tratadas com veneno bruto do escorpião Tityus bahiensis no 2º, 10º ou 16º dia de aleitamento.