Desenvolvimento de filtros cerâmicos geopoliméricos para fundição com incorporação de cinzas volantes

Resumo

A ativação alcalina de alumino-silicatos vem promover o reencontro com técnicas muito provavelmente já usadas anteriormente pelo Homem e que, a despeito de terem ficado perdidas nos labirintos da História, deixaram marcas e realizações notáveis que hoje são admiradas. Em concreto, são conhecidas obras da Antiguidade Clássica, como por exemplo, o Coliseu de Roma, o Panteão Romano ou as Termas de Caracala, onde foram utilizados materiais pétreos artificialmente aglomerados (betões e argamassas) que patenteiam um comportamento mecânico e de durabilidade notáveis. A partir da análise das referências bibliográficas, vê-se que os materiais obtidos por ativação alcalina (ou geopolimerização) são em geral mais resistentes do ponto de vista mecânico, apresentam maior durabilidade e estabilidade e atingem estes graus de comportamento muito mais rapidamente que os materiais fabricados com a utilização do cimento Portland. Parece, portanto, evidente o interesse de promover o desenvolvimento de sistemas ligantes alternativos que, cumprindo os mesmos objetivos de desempenho, permitam também o alívio da pressão sobre o meio ambiente. A aplicação proposta neste projeto foi o desenvolvimento de filtros cerâmicos confeccionados a partir do método de réplicas de esponja utilizados no processo de fundição de metais sem a necessidade de sinterização da fase cerâmica, com ganhos na economia energética. (AU)