Avaliação da hemostasia em cães com diferentes tipos de neoplasias

Resumo

As coagulopatias têm sido relatadas em cães com diferentes tipos de neoplasias. Apesar do conhecimento sobre alterações hemostásticas, o estado de hipercoagulabilidade na medicina veterinária raramente é diagnosticado em vida, já que exames laboratoriais para avaliação da hemostasia não são realizados de rotina. Aproximadamente 50% dos pacientes humanos com câncer e 90% de pacientes com metástase apresentam alteração nos testes de coagulação. Tanto o estado de hipercoagulabilidade quanto o de hipocoagulabilidade podem estar associados à CID, dependendo da evolução da doença. Tendo em vista a escassez de informações sobre a integridade do mecanismo hemostático em cães com tumores malignos, esta pesquisa propõe a hipótese de que alterações hemostáticas estão presentes nesses animais e são subdiagnosticadas. O objetivo deste estudo é determinar os valores de plaquetas, tempo de protrombina (TP), de trombina (TT), de tromboplastina parcial ativada (TTPa), valores de fibrinogênio e de dímeros-D em cães com diferentes tipos de neoplasias. Serão avaliados 10 cães com carcinomas mamários, 10 com hemangiossarcoma visceral, 10 com linfoma multicêntrico, 10 com mastocitoma cutâneo de alto grau e 10 com metástase à distância. A contagem de plaquetas será realizada mediante um contador automático de células; o TT, TP, TTPa, e a dosagem de fibrinogênio serão determinadas por um coagulômetro; os valores de dímeros-D serão determinados por reação de aglutinação em látex pelo método qualitativo. Os resultados referentes às variáveis contínuas (plaquetas, TT, TP, TTPa e fibrinogênio), serão submetidos a teste de normalidade dos resíduos (Cramer-von Mises), análise de variância e teste de comparações múltiplas de Tukey. Os resultados nominais (teste qualitativo de dímeros-D) serão submetidos ao teste de Qui-quadrado para comparar as proporções de ocorrência. Para todas as avaliações será considerado alfa de 5%. (AU)