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Proposições atemporais e a passagem do tempo

Processo: 14/03330-4
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2014
Data de Término da vigência: 01 de setembro de 2018
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Filosofia - Metafísica
Acordo de Cooperação: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
Pesquisador responsável:Marco Antonio Caron Ruffino
Beneficiário:Emiliano Boccardi
Instituição Sede: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Bolsa(s) vinculada(s):15/20138-2 - Sobre o tratamento adequado da noção de passagem temporal, BE.EP.PD
Assunto(s):Tempo (filosofia)
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Dinamicismo | Estaticismo | Proposições Eternas | Proposições Temporais | Tempo | Temporalismo | Metafísica do Tempo e Semântica de Proposições Temporais

Resumo

O campo de disputa filosófica em torno da metafísica do tempo é, falando de maneira bastante geral, dividido entre (1) aqueles que pensam que as coisas mudam apenas se a realidade ela mesma como um todo muda, i.e., apenas se a totalidade dos estados de coisas monádicos que existem ou são realizados em um determinado instante é diferente daquela totalidade que existe ou é realizada em outro instante temporal (os Dinamicistas); e (2) aqueles que pensam que quais estados de coisas compõem a realidade não é algo que dependa de qual instante temporal é agora ou qualquer outra perspectiva temporal (os Estaticistas). Paralelamente a esta distinção metafísica há a distinção semântica entre as doutrinas do Eternalismo e Temporalismo. Para os primeiros (dos quais temos em Frege um exemplo paradigmático) proposições temporais não são avaliadas como verdadeiras ou falsas por si sós a menos que as consideremos em um instante particular. Na ausência de uma especificação temporal, a proposição temporal são apenas 'verdadeiras-em' certos instantes e 'falsas-em' outros. Mas para o Temporalismo, por contraste, proposições podem mudar seu valor de verdade ao longo do tempo. Todas estas doutrinas têm consequências fortemente anti-intuitivas. O Estaticismo e o Eternalismo são acusados de negar a realidade da mudança e da passagem temporal, enquanto o Dinamicismo e Temporalismo são acusados de inconsistência. A discussão em torno destas dificuldades atingiu nos dias de hoje um impasse. O objetivo geral deste projeto é contribuir para uma saída explorando as (amplamente ignoradas) relações inferenciais entre estas distinções. Isto me permitirá, segundo penso, estabelecer uma interação conceitual frutífera entre os dois domínios de investigação (metafísica e semântica) o que, por sua vez, permitirá lançar luz em suas respectivas dificuldades. Em particular, eu espero que isto permitirá prover uma explicação conceitual clara da passagem temporal. (AU)

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Publicações científicas (5)
(Referências obtidas automaticamente do Web of Science e do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores)
BOCCARDI, EMILIANO; PERELDA, FEDERICO. The delusive illusion of passage. ANALYSIS, v. 78, n. 3, p. 387-396, . (14/03330-4)
BOCCARDI, EMILIANO. The Passage of Time and its Enemies: an Introduction to Time and Reality II. Manuscrito, v. 40, n. 1, p. 5-41, . (14/03330-4)