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Arden of Faversham: Estudo e Tradução

Processo: 16/06723-2
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de agosto de 2016
Data de Término da vigência: 31 de outubro de 2018
Área de conhecimento:Linguística, Letras e Artes - Letras - Literaturas Estrangeiras Modernas
Pesquisador responsável:John Milton
Beneficiário:Régis Augustus Bars Closel
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Bolsa(s) vinculada(s):16/23470-0 - O drama da Renascença Inglesa e as políticas da terra, BE.EP.PD
Assunto(s):Teatro   Tradução
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Arden of Faversham | Drama Elisabetano | Reforma Inglesa | teatro | Tradução | Literatura Inglesa e Tradução

Resumo

O século XVI e XVII na Inglaterra é marcado por mudanças drásticas. Do rompimento com a Igreja Católica à Guerra Civil, reformas abrangentes atingem aspectos centrais da vida cotidiana. Entre elas está uma mudança fundamental: a alteração na relação entre a sociedade e a terra. O fechamento dos campos e a "Dissolução dos Monastérios" são dois exemplos de eventos históricos que culminam em mudanças sociais, econômicas, políticas e religiosas. A terra é a base dessas relações tanto para a época que precede a Reforma como para aquela que começa a tomar forma no início da Idade Moderna. Contudo, as formas de estabelecer tais relações passam por uma transformação: da terra como nexo das relações sociais para a terra como objeto de troca. O drama desse período absorve e transforma os muitos conflitos que têm origem nas consequências desses dois eventos. Esses conflitos tomam forma dramática por meio da representação do espaço privado em oposição ao público; da ascensão e queda socioeconômica; do ambiente doméstico; do matrimônio e adultério; do choque entre os antigos direitos e os novos costumes; do espaço da cidade e com suas relações comerciais, entre outros. A peça anônima de 1592, Arden of Faversham, é a melhor representante desses conflitos com origem nas mudanças na política da terra. A partir da história de um assassinato real ocorrido em 1550, o drama explora diversas concepções de direito e posse a partir da tomada de terras antes pertencentes à Igreja e dos problemas decorrentes dessa ação. Pessoas ligadas ao campo e alguns membros do clero, que anteriormente estavam vinculados a uma estrutura patriarcal, da qual a terra era o núcleo, unem-se à esposa e a seu amante contra o senhor que não reconhece mais os direitos antigos. Assim, a peça, que inaugura o gênero "tragédia doméstica", o qual se consolida uma década mais tarde, explora as crises e tensões do microcosmo doméstico, que acabam por ressoar em outros níveis políticos. Trata-se, portanto, de uma peça fundamental por dramatizar conflitos de indivíduos comuns; expor fraquezas institucionais; trazer à tona a transição de valores culturais; e dar forma, pela primeira vez, a um material que será a base do drama de contemporâneos de Shakespeare. Middleton e Heywood são alguns dos dramaturgos a apostar nesse realismo dramático que recorre à oscilante cotidianidade de seu período. Este projeto de pós-doutorado propõe a primeira tradução de Arden of Faversham para o português, bem como a realização de estudos envolvendo a política da terra e o processo de transição cultural dos valores associados aos costumes e à comercialização presentes na obra de Middleton, Dekker, Shakespeare e seus contemporâneos.

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Publicações científicas
(Referências obtidas automaticamente do Web of Science e do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores)
BARS CLOSEL, REGIS AUGUSTUS. Utopia and the Enclosing of Dramatic Landscapes. RENAISSANCE AND REFORMATION, v. 41, n. 3, SI, p. 67-92, . (16/06723-2, 16/23470-0)
CLOSEL, REGIS AUGUSTUS BARS. Whose tragedy is this? Translating Arden of Faversham. CAHIERS ELISABETHAINS, v. 106, n. 1, p. 59-74, . (16/06723-2, 16/23470-0)
BARS CLOSEL, REGIS AUGUSTUS. Utopia and the Enclosing of Dramatic Landscapes. RENAISSANCE AND REFORMATION, v. 41, n. 3, p. 26-pg., . (16/06723-2, 16/23470-0)