Reuso de retalhos de prepreg de fibra de carbono do ciclo de produção - viabilização do processo via prensagem e predição de propriedades mecânicas no plano

Resumo

A indústria aeronáutica nacional tem pesquisado e introduzido materiais compósitos estruturais para ser mais competitiva com as empresas de outras regiões do mundo, além das pesquisas para viabilizá-lo na indústria automotiva. Os compósitos possuem alta resistência mecânica e baixa massa específica o que proporcionam melhor eficiência dos veículos de transporte. A tendência é um aumento no volume em materiais compósitos, especificamente em fibra de carbono e matriz epóxi, em substituição as ligas metálicas. Contudo essa evolução nas estruturas deve ser acompanhada de uma correta política de descarte desses materiais, que podem ser provenientes do processo de produção ou no final do ciclo de operação. Como esses materiais são insolúveis e infusíveis, seu descarte e sua reciclagem são dificultados. Para que o volume de material descartado diminua, durante o ciclo de produção, é necessário a implementação de estudos para viabilizar o uso de sobras, principalmente, da etapa de corte de prepregs. Para a viabilização é primeiramente necessária a adequação de um processo de fabricação competitivo, ou seja, de custo energético e operacional reduzidos. Para isso, será solicitado no projeto uma prensa com aquecimento visando a substituição da autoclave. Simultaneamente serão analisados a forma geométrica dos resíduos descartados, para assim dividi-los em quantidade por placa a serem processadas, com controle do número de defeitos (descontinuidades). Na etapa seguinte será analisada a resistência a tração e flexão em função das descontinuidades para, assim, determinar um limite de descontinuidades para aplicação desejada, com base também na análise da fratura. (AU)