Avaliação do perfil de aminoácidos e acilcarnitinas em voluntários com infecção por SARS-CoV-2

Resumo

A pandemia pela COVID-19 tornou-se uma crise de saúde pública mundial. A detecção precoce e o tratamento eficaz de pacientes infectados são os principais desafios. Neste contexto, pretendemos avaliar a capacidade diagnóstica e prognóstica de aminoácidos e acilcarnitinas presentes na urina, a fim de entender a importância dessas moléculas e suas vias metabólicas na evolução da COVID-19. Para este estudo, a coleta de amostras de urina já foi realizada entre julho e dezembro de 2020, com a aprovação do comitê de ética (CAAE: 31573020.9.0000.5514) em hospitais da região bragantina, incluindo voluntários hospitalizados com COVID-19 (N=103) e com Síndrome Respiratória Aguda Grave sem relação com o SARS-Cov-2 (N=43). Além disso, amostras de urina de voluntários não hospitalizados com resultado negativo para SARS-Cov-2 (N=104) foram coletadas como controle negativo. Foram incluídos no estudo apenas voluntários com diagnóstico disponível realizado por RT-PCR (real-time polymerase chain reaction). Propõe-se adaptar um método conhecido e já utilizado para triagem neonatal utilizando MS sequencial para a análise de aminoácidos e acilcarnitinas em urina. Ferramentas de análises estatísticas multivariadas serão utilizadas, como LASSO. O uso da MS, possibilitará a determinação do perfil de aminoácidos e acilcarnitinas de pacientes infectados por COVID-19 em comparação com voluntários saudáveis e portadores de SRAG de outras etiologias, avaliando se as alterações metabólicas exibem correlação com o diagnóstico e progressão da COVID-19. Assim, este trabalho poderá fornecer dados importantes sobre a função dos aminoácidos e acilcarnitinas, bem como demonstrar o potencial de exploração da urina para diagnóstico da COVID-19.