Ação de bacteriófagos líticos em cepas de Escherichia coli isoladas de éguas com endometrite

Resumo

A subfertilidade e a infertilidade das éguas ainda representam um dos maiores problemas reprodutivos na espécie, ocasionando grandes perdas econômicas. Dentre as principais enfermidades que comprometem a reprodução das éguas estão as endometrites que se caracterizam por um estado inflamatório agudo ou crônico do endométrio uterino, que pode ou não estar associado à presença de microrganismos oportunistas. Nas endometrites infecciosas, as causas mais recorrentes e diagnosticadas são de origem bacteriana, tendo como principal agente etiológico a Escherichia coli. É comum a prática de instituir antibioticoterapia empírica antes do diagnóstico definitivo, o que leva ao surgimento de bactérias patogênicas multirresistentes. Isto constitui um dos maiores desafios da atualidade, tornando fundamental buscar métodos terapêuticos alternativos eficientes e seguros. Assim surgem os bacteriófagos, representando potencial alternativa à terapêutica convencional por antibióticos. Assim, o objetivo deste trabalho é avaliar a ação dos bacteriófagos líticos em E. coli isoladas do útero de éguas com endometrite. Para tanto, amostras uterinas serão coletadas de éguas suspeitas e clinicamente positivas, pelos métodos de lavagem uterina e zaragatoa, e cultivadas para identificação dos agentes envolvidos. Após isolamento de E. coli, serão realizados testes de suscetibilidade do agente patogênico para com o respectivo bacteriófago lítico. Espera-se encontrar suscetibilidade das bactérias isoladas e com isso oferecer um novo ponto de partida na terapia da endometrite em éguas.(AU)