Afinidades morfológicas das mandíbulas de Dinaledi (África do Sul), Malapa (África do Sul), Ledi-Geraru (Etiópia) e Dmanisi (Geórgia) com outros hominínios fósseis do Plio-Pleistoceno: uma análise multivariada.

Resumo

A espécie Homo sapiens é fruto da evolução de um conjunto de 7 gêneros e cerca de 20 espécies, que se iniciou há aproximadamente 7 milhões de anos. Por se tratar de fósseis muito antigos e frágeis, a capacidade de inferir, com algum grau de certeza, suas características taxonômicas é muito escassa. Por esse motivo, a história evolutiva da linhagem hominínia passou por várias revisões taxonômicas nos últimos anos. Ao analisar diversos trabalhos recentes, é possível perceber que ainda existem pontos inconclusivos e que necessitam de maior atenção, para assim melhor elucidar a trajetória da nossa linhagem. Por isso, o presente projeto tem como objetivo analisar mandíbulas Plio-Pleistocênicas do Velho Mundo e atacar problemas taxonômicos que as envolvem. Além disso, ao buscar literatura para este projeto, percebeu-se que a área da paleoantropologia é desprovida de trabalhos que utilizam grandes bancos de dados. Dessa forma, antes de analisar a morfologia das mandíbulas do início do processo evolutivo humano, iremos formar um banco de dados o mais inclusivo possível para essas peças ósseas pertencentes ao Plio-Pleistoceno. Esse banco nunca foi formado, pelo menos não na extensão pretendida. Para isso, iremos, primeiramente, reunir dados métricos da literatura sobre espécies dos gêneros Australopithecus, Paranthropus e Homo, a fim de criar o banco de dados. Posteriormente, por meio de análises estatísticas multivariadas baseadas nos dados compilados, espera-se sanar dúvidas quanto a taxonomia e a variabilidade de alguns dos espécimes incluídos.