Busca avançada
Ano de início
Entree

Processo de fabricação de embalagens biodegradáveis e compostáveis pelo método da polpa moldada utilizando a celulose das cascas e da borra do café e outros resíduos industriais e urbanos de fontes renováveis

Processo: 19/15746-4
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas - PIPE
Data de Início da vigência: 01 de dezembro de 2020
Data de Término da vigência: 31 de agosto de 2021
Área do conhecimento:Ciências Agrárias - Engenharia Agrícola - Engenharia de Processamento de Produtos Agrícolas
Pesquisador responsável:Patrícia Ponce
Beneficiário:Patrícia Ponce
Empresa:Da Natureza Produtos Biodegradáveis Ltda
CNAE: Fabricação de produtos à base de café
Fabricação de embalagens de papel
Fabricação de produtos de pastas celulósicas, papel, cartolina, papel-cartão e papelão ondulado não especificados anteriormente
Município: São Paulo
Assunto(s):Plásticos biodegradáveis  Embalagens  Resíduos sólidos  Recursos renováveis  Celulose  Cascas (planta)  Polpa (fruto)  Café 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:biodegradavel | Borra do café | Casca do café | Embalagem | polpa moldada | Resíduos sólidos | Reaproveitamento de resíduos

Resumo

Cerca de 1,5 milhão de aves, peixes, baleias e tartarugas morrem todos os anos como consequência do lixo plástico presente no mar. E, por incrível que pareça, o problema ainda pode se agravar. Em meio ao oceano Pacífico, uma enorme camada flutuante de plástico de proporções continentais ameaça a vida de diversas espécies marinhas e coloca em risco a saúde do planeta. A Comissão de Meio Ambiente (CMA) aprovou em abril de 2018 o projeto (PLS 92/2018) que prevê a retirada gradual do plástico da composição de pratos, copos, bandejas e talheres descartáveis. Dentro do prazo de dez anos, os plásticos deverão ser totalmente substituídos por materiais biodegradáveis em itens destinados ao acondicionamento de alimentos prontos para o consumo. Em 10 anos, banimento total para todo e qualquer plástico. Neste ano, o Fórum Econômico Mundial de Davos divulgou os dados de um estudo realizado com a fundação da navegadora Ellen MacArthur e a consultoria McKinsey. Segundo o documento, os oceanos abrigarão mais detritos plásticos do que peixes em 2050 e alertou da necessidade de "uma refundação total das embalagens e dos plásticos em geral e a busca por alternativas ao petróleo como material de base para sua produção". http://g1.globo.com/natureza/noticia/2016/01/oceanos-terao-mais-plasticos-do-que-peixes-em-2050-diz-estudo.html. De 1950 para cá, a produção de plástico virgem aumentou 200 vezes e boa parte desse material foi descartado na natureza, sem nenhuma forma de reciclagem ou reuso (revista FAPESP, 2019). Esses dados são motivo de vergonha para o mundo em geral e para o Brasil em particular, já que nosso país ocupa o quarto lugar dentre os maiores poluidores de plástico do planeta, perdendo apenas para EUA, China e Índia (dados da Revista Veja, março de 2019). Ainda mais alarmante é o fato de estarmos em último no índice de reciclagem - apenas 1,28%, contra uma média mundial de 9%. Já há iniciativas pontuais no Brasil para diminuir o consumo de plástico. Em algumas cidades tais como Rio de Janeiro e Ilha Bela, e mais recentemente São Paulo, já é proibido o uso do canudinho plástico. Fernando de Noronha proibiu a entrada, comercialização e o uso de embalagens descartáveis na Ilha. No dia 26 de junho deste ano, entrou em vigor no Rio de Janeiro uma lei que proíbe sacolas plásticas. Segundo reportagem da Revista Veja, a maré do lixo está se voltando contra o planeta - e contra nós - o inimigo é de plástico (Revista VEJA, abril de 2019). Assim sendo, reaproveitar e reciclar é preciso. Só para se ter uma ideia, em São Paulo apenas 3% dos materiais recicláveis são recuperados e, no Rio de Janeiro, são reaproveitados apenas 1,9% de todo o lixo produzido. São Paulo produz em média 20 mil toneladas de detritos por dia e conta apenas com duas usinas de reciclagem com capacidade para apenas 240 toneladas de detritos/dia (Revista VEJA, junho de 2019). Portanto, o problema não está só na proibição dos canudos e sacolas plásticas. É preciso separar corretamente o lixo, além de serem necessárias políticas públicas de incentivo à reciclagem e do reaproveitamento do lixo doméstico e industrial. O café é uma das bebidas mais consumidas no mundo. Em 2018 cada brasileiro consumiu, em média, 839 xícaras de café (a maior média do mundo). Mas os subprodutos dessa saborosa e energética bebida, a borra e a casca, são simplesmente descartados no lixo - que desperdício! A borra do café é um dos resíduos mais comuns; cerca de 14.000 xícaras de café são consumidas em todo o mundo a cada segundo - elas geram 22 milhões de quilos de borra de café descartados todos os anos (para cada tonelada de café são obtidas aproximadamente 480 kg de borra). Imagine se todos os resíduos de café que são descartados diariamente pudessem ser reciclados e reintroduzidos no comércio como novas embalagens para abastecer o mercado? Pois bem, essa é a nossa proposta! (AU)

Matéria(s) publicada(s) na Agência FAPESP sobre o auxílio:
Mais itensMenos itens
Matéria(s) publicada(s) em Outras Mídias ( ):
Mais itensMenos itens
VEICULO: TITULO (DATA)
VEICULO: TITULO (DATA)