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Eficácia da donepezila em pacientes com zumbido crônico

Processo: 20/14585-4
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Data de Início da vigência: 01 de abril de 2021
Data de Término da vigência: 30 de junho de 2023
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina
Pesquisador responsável:Jeanne da Rosa Oiticica Ramalho
Beneficiário:Jeanne da Rosa Oiticica Ramalho
Instituição Sede: Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP). Secretaria da Saúde (São Paulo - Estado). São Paulo , SP, Brasil
Pesquisadores associados: Elaine Miwa Watanabe
Assunto(s):Otorrinolaringologia  Transtornos da audição  Zumbido  Donepezila 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Donepezila | tinnitus | zumbido | Otorrinolaringologia

Resumo

Zumbido é qualquer percepção de som que ocorre na ausência de um estímulo acústico externo. Afeta 15% da população mundial (Cederroth RC et al. 2019) e 22% da população da cidade de São Paulo (Oiticica & Bittar 2015). Um dos mecanismos fisiopatólogicos é relacionado ao aumento da atividade do glutamato, principal neurotransmissor excitatório dentro da cóclea, é excitotóxico e capaz de gerar o zumbido (Pujol & Puel 1999, Onishi et al. 2017).É sabido que em elevadas concentrações extracelulares, o glutamato atua como uma neurotoxina potente, capaz de induzir dano grave em neurônios alvo. Similar ao que ocorre em várias doenças neurodegenerativas agudas: epilepsia, hipóxia, anóxia, traumatismo craniano; e crônicas: Alzheimer, Esclerose Lateral Amiotrófica, Parkinson, Doença de Huntington, processos neurológicos relacionados a infecção por HIV e a encefalopatia hepática (Valli & Andrade Sobrinho 2014). Embora essa toxicidade glutamatérgica seja bem conhecida, a inexistência de um fármaco notadamente eficaz para seu tratamento, torna fundamental estudos voltados para drogas que possam reverter esse processo (Valli & Andrade Sobrinho 2014). A donepezila ainda não foi estudada em pacientes com zumbido. É uma medicação inibidora da acetilcolinesterase, aumentando disponibilidade da acetilcolina. Esta é amplamente distribuída no sistema nervoso central e apresenta importante papel no desenvolvimento e atividade cortical, aprendizado e memória (Li SM et al. 2015). A donepezila também tem efeito neuroprotetor contra a excitotoxicidade induzida pelo glutamato e é habitualmente utilizada em doenças degenerativas como o Alzheimer, doença em que a acetilcolina também está diminuída (Almeida OP 1998). A nossa hipótese é de que a donepezila seja eficaz na melhora do incômodo do zumbido. Cada paciente fará duas etapas de tratamento: em uma etapa o paciente tomará a medicação donepezila por 90 dias (5mg do 1º ao 30º dia, e 10 mg do 31º ao 90º dia). Fará um descanso de medicação por 30 dias, e em seguida iniciará a outra etapa: tomará placebo por 90 dias. Nem o paciente e nem o médico saberá qual etapa será a primeira. Estudo prospectivo, duplo-cego do tipo "cross-over" contra placebo. As variáveis do estudo incluirão: (1) questionário THI (Tinnitus Handicap Inventory) validado para língua portuguesa, (2) grau de incômodo do zumbido mensurado pela EVA (Escala Visual Analógica), (3) IPRF (índice de reconhecimento percentual da fala), (4) questionário MEEM - Mini Exame do Estado Mental validado para o português, (5) Escala CDR (Clinical Dementia Rating) validado para o português, (6) Medidas psicoacústicas do zumbido ("pitch"ou frequência, "loudness" ou intensidade, limiar mínimo de mascaramento ou LMM). (AU)

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