O futuro dos biocombustíveis na nova transição energética: lições e perspectivas dos biocombustíveis no Brasil

• Processo: 22/08596-9
• Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Livros no Brasil
• Data de Início da vigência: 01 de dezembro de 2022
• Data de Término da vigência: 30 de novembro de 2023
• Área do conhecimento: Interdisciplinar
• Pesquisador responsável: Luis Augusto Barbosa Cortez
• Beneficiário: Luis Augusto Barbosa Cortez
• Instituição Sede: Núcleo Interdisciplinar de Planejamento Energético (NIPE). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
• Assunto(s): Transição energética Biocombustíveis Bioenergia Energia Etanol Publicações de divulgação científica Produção científica Livros
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Biocombustíveis | bioenergia | energia | Etanol | Transição Energética | bioenergia

Resumo

Globalmente, o setor de energia está em turbulência, contando com múltiplos cenários possíveis e com enormes implicações econômicas, sociais, políticas, ambientais e tecnológicas. A grande questão atualmente é: qual poderia ser o papel potencial dos biocombustíveis para o transporte neste cenário energético emergente e misto, e mais especificamente suas implicações para o Brasil? No curtíssimo prazo, essa incerteza se traduzirá em aumento dos preços do petróleo e gás e também das energias renováveis. Mas no longo prazo, essas alternativas devem ser não-fósseis. O consenso global emergente é que o futuro DEVE ser renovável. A questão é, quanto tempo levará essa fase de transição e como será. A guerra Rússia-Ucrânia representa uma grande mudança energética e política, embora tais impactos sejam desiguais em todo o mundo. Por exemplo, na Europa, dada sua alta dependência dos combustíveis fósseis russos, há uma disputa política para reduzir essa dependência com urgência, o que poderia ser traduzido em uma busca urgente por alternativas energéticas, especialmente de energias renováveis. Outros países também estão aumentando o uso de energias renováveis como resposta aos altos preços do petróleo. Por exemplo, a Índia, está aumentando a mistura gasolina-etanol para reduzir as dispendiosas importações de petróleo. Assim, haverá uma variedade de alternativas energéticas, políticas e tecnológicas. Durante a crise do petróleo da década de 1970, o Brasil mostrou uma grande visão ao implantar um programa nacional de etanol combustível, um projeto único no mundo, que se tornou referência para muitos países. Essa iniciativa colocou o Brasil num cenário histórico único. Aqui foi acumulado um enorme know-how em combustíveis alternativos para transporte, além dos benefícios tecnológicos, agrícolas, econômicos, ambientais e sociais. Assim, a pergunta-chave que se coloca hoje é qual será o novo papel dos biocombustíveis no paradigma energético emergente no país, em particular para o etanol? Que lições podem ser aplicadas dessa experiência histórica única? Que lições há para outros países, desenvolvidos ou não? Neste livro examinam-se essas questões, com certo detalhe, e tenta-se fornecer respostas tão precisas quanto possível neste cenário futuro altamente incerto. A ciência e a tecnologia estão avançando tão rapidamente que opções que parecem viáveis hoje podem facilmente se tornar obsoletas amanhã. O principal desafio para o Brasil é mais político do que tecnológico, social ou econômico, uma vez que o país possui know-how tecnológico, recursos naturais e humanos e capacidade de pesquisa para lidar com sucesso com vários cenários futuros de energia. (AU)