Análise da segurança e resultados oncológicos da ressecção endoscópica de tumor de bexiga com laser holmium em comparação com a ressecção transuretral monopolar: estudo prospectivo e randomizado

• Processo: 21/05311-0
• Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Regular
• Data de Início da vigência: 01 de fevereiro de 2023
• Data de Término da vigência: 31 de janeiro de 2025
• Área do conhecimento: Ciências da Saúde - Medicina - Cirurgia
• Pesquisador responsável: William Carlos Nahas
• Beneficiário: William Carlos Nahas
• Instituição Sede: Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira (ICESP). Coordenadoria de Serviços de Saúde (CSS). Secretaria da Saúde (São Paulo - Estado). São Paulo , SP, Brasil
• Pesquisadores associados: Alexandre Iscaife
• Assunto(s): Urologia Neoplasias da bexiga Laser Ressecção transuretral de bexiga Laser do estado sólido
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Câncer de Bexiga | Carcinoma urotelial | Cirurgia minimamente invasiva | laser | Neoplasia de Bexiga | Ressecção transuretral | Urologia

Resumo

O carcinoma urotelial de bexiga é segunda neoplasia urológica mais comum e representa um problema de saúde pública mundial. A maioria dos casos é diagnosticado como tumores não musculo invasivos, podendo ser tratados com o a RTUb (Ressecção Transuretral de Bexiga). Entretanto, a RTUb clássica com energia elétrica (monopolar ou bipolar) fragmenta o tumor, queima a camada muscular própria causando artefatos que prejudicam a análise histopatológica. As modernas tecnologias de laser têm surgido como alternativa à RTUb clássica utilizando-se a técnica de ressecção em bloco do tumor. Deste modo, atua-se no seu pedículo com o laser de forma a retirar o tumor inteiro e intacto, sem fragmentação ou fulguração como ocorre na RTUb (1, 2). O objetivo do uso de laser é melhorar a qualidade da ressecção, diminuir as complicações intra e perioperatórias, evitar a re-RTU e reduzir as taxas de recorrência no local de ressecção e à distância. Assim, a proposta desse estudo é avaliar o uso do laser de holmium para ressecção de tumores grandes (>3cm), reduzindo as complicações e custos e melhorando as amostras de camada muscular diminuindo a necessidade de novas abordagens. Metodologia: Ensaio clínico prospectivo randomizado com um grupo de 50 pacientes para ressecção endoscópica do tumor de bexiga com holmium (HoLERBT=Holmium Laser Enbloc Ressection of Bladder Tumor) e 50 pacientes no grupo com RTUb monopolar (controle). Todos os pacientes serão submetidos a novo procedimento entre 30-60 dias após o primeiro (re-RTU monopolar). O grupo de laser será operado por cirurgião experiente com mais de 100 casos de enucleação de próstata. O grupo de RTUb monopolar será operado pelo grupo de assistentes da instituição, ou seja, urologistas com mais de 2 anos de experiência na área e mais de 50 cirurgias realizadas. Análise patológica - As amostras serão enviadas para o Laboratório de Patologia do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP). Variáveis analisadas - Ressecabilidade (completa ou incompleta); Tamanho das lesões; Tempo de cirurgia; Energia total utilizada (em Joules); Volume de soro fisiológico utilizado na cirurgia; Complicações intra e pós operatórias conforme classificação Clavien-Dindo; Reinternações; Diagnóstico histológico; Avaliação da camada muscular; Estadiamento; Taxa de tumores invasivos na re-RTU; Taxa de recidiva tumoral em em 2 anos; Taxa de progressão em 2 anos. Critérios de inclusão: tumores de bexiga com mais de 3cm no maior diâmetro aferido por tomografia ou RNM realizados com no máximo 3 meses da cirurgia, idade entre 50 e 80 anos, não há limite superior desde que o paciente tenha condições cirúrgicas. Critérios de exclusão: Diagnostico prévio de tumor de bexiga musculo invasivo, estenoses de uretra, quimioterapia sistêmica ou intra-vesical ou radioterapia prévia. Diagnóstico de tumor avançado por tomografia, ressonância ou ultrassom. Todos os pacientes assinarão o termo de consentimento livre e esclarecido que se encontra em anexo. (AU)