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Efeito da vasopressina e ocitocina na regulação da bexiga urinária em condições de hipovolemia

Processo: 22/08236-2
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Data de Início da vigência: 01 de fevereiro de 2024
Data de Término da vigência: 31 de janeiro de 2026
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina - Clínica Médica
Pesquisador responsável:Eduardo Mazuco Cafarchio
Beneficiário:Eduardo Mazuco Cafarchio
Instituição Sede: Centro Universitário FMABC (FMABC). Santo André , SP, Brasil
Pesquisadores associados:Monica Akemi Sato
Assunto(s):Hipovolemia  Ocitocina  Sistema nervoso autônomo  Vasopressinas 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:hipovolemia | ocitocina | Sistema nervoso autonomo | vasopressina | Clinica Médica

Resumo

O acometimento das funções vesicais tem uma grande incidência na população mundial, em especial nas mulheres, sendo que a bexiga neurogênica é a disfunção de maior incidência. Estas disfunções seriam dependentes de alterações no controle do músculo detrusor, esfincteriano ou de ambos. Os tratamentos utilizados para esses pacientes, até o momento, apenas amenizam os sintomas. A micção e o armazenamento urinário dependem da coordenação entre duas unidades funcionais: a bexiga e a musculatura estriada do esfíncter uretral. O controle central da micção e o armazenamento de urina envolve um mecanismo complexo ainda não muito bem conhecido. Já a manutenção da excreção e armazenamento urinário depende de mecanismos reflexos, sendo que o reflexo de início da micção pode ser influenciado pelo Centro de Micção Pontina (PMC). O centro de armazenamento está no Centro Pontino de Armazenamento da Urina (PUSC), que se encontra ventrolateralmente ao PMC. A estimulação de áreas que controlam a função cardiovascular como a Região Rostroventrolateral (RVL), o Núcleo do Trato Solitário (NTS) e a Região Caudoventrolateral (CVL) localizados no bulbo, produziu alterações nas atividades dos nervos pélvicos. Regiões da bexiga inervadas pelos nervos pélvicos sofreram contrações quando estimulados e, inversamente, a inibição nervosa ocasionou relaxamento vesical. Vários neurotransmissores e neuromoduladores são encontrados no NTS e RVL, dentre os quais se encontra a acetilcolina, que desempenha importante função na regulação cardiovascular. No NTS, a acetilcolina produz hipotensão e bradicardia, efeitos estes dependentes da ativação de receptores muscarínicos. Resultados do nosso grupo mostraram que a neurotransmissão colinérgica em neurônios bulbares participam da regulação da bexiga urinária. Isto foi demonstrado pelo fato de a injeção de carbacol no 4º V cerebral ter provocado aumento da pressão intravesical, independentemente de alterações no fluxo sanguíneo renal e pressão arterial. O pico de aumento da pressão intravesical foi observado cerca de 30 minutos após a injeção da droga, sugerindo que este efeito seria dependente de um mecanismo humoral e não apenas gerado por alteração na atividade de eferentes autonômicos. O bloqueio colinérgico do 4º V cerebral com atropina produziu um efeito oposto, diminuindo a pressão intravesical, que foi também independente de alterações no fluxo sanguíneo renal e pressão arterial. Similarmente ao carbacol, o pico de resposta sobre a pressão intravesical foi observado 30 min após a realização da injeção no 4ºV cerebral. Estudos anteriores mostraram que o carbacol pode exercer ações pré e pós-sinápticas em neurônios C1 do bulbo. Por outro lado, evidências também mostram que os grupamentos A1/C1 catecolaminérgico no bulbo possuem projeções para os núcleos supraótico e paraventricular, que são capazes de produzir vasopressina e ocitocina. Além disso, a estimulação elétrica do grupamento C1 é capaz de aumentar os níveis plasmáticos de vasopressina. O pico de resposta promovido pela ativação colinérgica bulbar com o carbacol é de 30 min, isso sugere que o efeito promovido pode ser dependente de vasopressina. Estudos in vitro mostraram que a ocitocina produz um efeito de relaxamento da musculatura do detrusor, porém até o momento não existem estudos in vivo demonstrando os efeitos da ocitocina na regulação da bexiga urinária bem como a existência de seus receptores neste órgão. Por outro lado, sabe-se que a manutenção da homeostasia do meio interno depende de adequado equilíbrio hidroeletrolítico. Diferentes estímulos que ativam a sede e levam à ingestão de água também induzem a liberação de vasopressina. Desse modo, seria interessante investigar também se em situações de desidratação extracelular e/ou intracelular haveria alteração na responsividade da bexiga urinária. (AU)

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