Extrato de hipófise de lambari: uma alternativa inovadora para reprodução artificial de peixes nativos

• Processo: 23/10522-6
• Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas - PIPE
• Data de Início da vigência: 01 de março de 2024
• Data de Término da vigência: 31 de janeiro de 2025
• Área do conhecimento: Ciências Agrárias - Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca - Aquicultura
• Acordo de Cooperação: SEBRAE-SP
• Pesquisador responsável: Laíza Maria de Jesus Silva
• Beneficiário: Laíza Maria de Jesus Silva
• Empresa: 52.714.182 Laiza Maria de Jesus Silva
• CNAE: Pesca em água doce ; Aqüicultura em água doce
• Município: Jaboticabal
• Pesquisadores principais: Mariana Roza de Abreu ; Sergio Ricardo Batlouni
• Pesquisadores associados: Cristiane Fernanda Benevente ; Rafael Tomoda Sato
• Bolsa(s) vinculada(s): 24/04115-1 - Extrato de hipófise de Lambari: uma alternativa inovadora para reprodução artificial de peixes nativos, BP.PIPE
• Assunto(s): Espécies nativas Sustentabilidade Reprodução de peixes Segurança alimentar
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Aquicultura | Espécie Nativa | produto nacional | Reprodução artificial | Sustentabilidade | Reprodução de peixes nativos

Resumo

As espécies nativas brasileiras correspondem por mais de 30% da produção aquícola nacional. O aprimoramento de técnicas sobre sua produção, além de contribuir com a diversificação da aquicultura nacional, impulsiona uma aquicultura mais sustentável (pois são autóctones); além de contribuir para programas de repovoamento em reservatórios que fomentam a pesca e contribuem com o tema da segurança alimentar. Para que ocorra a desova de espécies nativas migradoras mantidas em cativeiro é necessária a indução hormonal, e na maioria dos empreendimentos e no mundo é usado o extrato de hipófise de carpa (EHC), um produto de alto valor e importado, obtido de uma espécie exótica. Assim, o uso deste hormônio acarreta em um alto custo para os pequenos produtores como eleva o custo para a produção dos alevinos. Por isso, nossa tecnologia propõe uma alternativa ao uso de EHC, que seria o uso de extrato de hipófise de lambari, que vem ganhando destaque no mercado aquícola, com mais de 23000 estabelecimentos produtores desta espécie. Além disso, o uso do extrato de hipófise de lambari tem diversas vantagens como: a utilização de uma espécie nativa valorizando a aquicultura nacional; a redução no tempo para produção do extrato de hipófise em torno de 4 meses (momento que os animais atingem a maturidade sexual), enquanto a carpa, espécie exótica, atinge a maturidade em torno dos 3 anos; a diminuição do tempo de estocagem dos animais e o investimento em infraestrutura contribuindo com a sustentabilidade, pois a utilização de recursos naturais, como água e insumos para alimentação, será reduzido e consequentemente irá gerar um menor volume de efluentes e custos de manutenção. Além disso, as pisciculturas poderiam ser autossuficientes com capacitação técnica para retirada da hipófise e assim poderia ser uma fonte de renda extra aos pequenos produtores. Desta forma, desenvolvemos o primeiro protocolo de obtenção de extrato de hipófise de uma espécie nativa, ajudando a solucionar um problema antigo, que seria o uso do EHC, para reprodução artificial de espécies nativas, que já apresentou resultados similares ao uso de EHC na indução hormonal de espécies economicamente importantes para o país. (AU)