Confrontando o Colonialismo Verde - Ação e Soluções Lideradas por Indígenas e Comunidades Locais para a Segurança Alimento-Água-Terra

• Processo: 23/12425-8
• Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Regular
• Data de Início da vigência: 01 de maio de 2024
• Data de Término da vigência: 30 de abril de 2027
• Área do conhecimento: Interdisciplinar
• Acordo de Cooperação: New Frontiers in Research Fund
• Pesquisador responsável: Mateus Batistella
• Beneficiário: Mateus Batistella
• Pesquisador Responsável no exterior: Brenda Lynne Parlee
• Instituição Parceira no exterior: University of Alberta, Canadá
• Instituição Sede: Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais (NEPAM). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
• Pesquisadores associados: Eduardo Sonnewend Brondizio ; Emilio Federico Moran ; Ramon Felipe Bicudo da Silva
• Bolsa(s) vinculada(s): 25/09865-1 - Desenvolvimento de bancos de dados e apoio tecnológico para a segurança alimento-água-terra no Pará, Amazônia., BP.TT; 25/04714-5 - Em busca de ações e soluções lideradas pelas comunidades locais para a Segurança Alimentar-Hídrica-Fundiária no Pará, Amazônia brasileira., BP.PD
• Assunto(s): Inovação Sustentabilidade
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: decolonization | Energy Transition | Environmental justice | Food secutiry | innovation | Water security | Sustentabilidade

Resumo

Os Povos Indígenas em todo o mundo estão na linha de frente dos impactos das mudanças climáticas, mas também têm o conhecimento, capacidade e liderança para encontrar soluções que apoiem a Mãe Terra e a saúde, bem-estar e meios de subsistência de suas comunidades e de outras pessoas em todo o mundo. As terras indígenas são ecológica e culturalmente diversas; seus territórios, que sustentam mais de 80% da biodiversidade mundial,são cada vez mais afetados pelas alterações climáticas. Os povos tuaregue, inuvialuit, quíchua e karen e muitos outros também normalmente não têm acesso aos recursos necessários para lidar com situações extremas e desastres climáticos cada vez mais frequentes (por exemplo, inundações) e impactos crónicos (por exemplo, secas prolongadas,aumento do risco de doenças em espécies selvagens). Estes impactos estão agora sendo agravados por algumas respostas a transição energética. Por exemplo, o desenvolvimento hidroelétrico em grande escala (para descarbonização), mineração de terras raras (necessária para veículos elétricos), estão resultando na perda e degradação de alimentos erecursos hídricos. Muitos Povos Indígenas também estão sendo expulsos de seus territórios ou prejudicadosafetado; práticas culturais, como a agricultura de corte e queima em pequena escala, que são fundamentais para a alimentação o provisionamento está sendo criminalizado como resultado dos esforços estatais para capitalizar nos mercados de carbono. Mais soluções equitativas e holísticas baseadas no Conhecimento Indígena são necessárias para garantir a segurança energética alimentar-água para os Povos Indígenas. Guiado pelos princípios da UNDRIP, este projeto iráenfrentar estas questões do colonialismo verde, apoiando a investigação liderada pelos indígenas nas sete regiões socioculturais indígenas do globo. Especificamente, criaremos oportunidades para organizações lideradas por indígenas parainvestigação, ação e soluções visando uma transição energética justa. Esta coprodução e mobilização interdisciplinar e transdisciplinar de conhecimento ocorrerá em todas as áreas de estudo. Especificamente, nossa equipe irá:1) Mapear os custos atuais e futuros da transição energética para a saúde, o bem-estar e os meios de subsistência dos Povos Indígenas.2) Identificar inovações lideradas pelos indígenas que lhe proporcionem segurança alimentar, hídrica e energética.3) Explorar a transferibilidade de soluções às escalas local, regional e global, tanto em termos políticos como práticos.O projeto é inovador no seu foco crítico nos custos da transição energética, no seu âmbito global e apoio à pesquisa e inovação liderada pelos indígenas para a justiça alimentar, água e energia. (AU)