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Superando a gripe com vigilância avançada em águas residuais e desenvolvimento acelerado de vacinas de RNA replicativo

Resumo

A gripe sazonal, uma crise de saúde causada pelos vírus da gripe A e B, resulta em milhões de casos graves e centenas de milhares de mortes anualmente. A variabilidade do impacto da gripe de temporada para temporada é impulsionada por mudanças nas cepas virais, níveis de imunidade da população e alinhamento das cepas vacinais com as que estão em circulação. A alta taxa de mutação do vírus leva ao deslocamento e mudança antigênica, que pode rapidamente superar a imunidade fornecida por infecções anteriores ou vacinações. Essa dinâmica representa um risco de pandemias com cepas mais agressivas, como o H1N1 de 2009. A vacinação, base do manejo da gripe, é crucial para reduzir a propagação e a gravidade da doença. No entanto, é importante notar que a eficácia das vacinas atuais é limitada por sua imunidade de curta duração e faixa de proteção estreita contra as cepas de influenza que evoluem rapidamente. Isso destaca a necessidade de uma solução mais eficaz e adaptável. A rápida evolução do vírus exige atualizações anuais nas formulações de vacinas, um processo frequentemente dificultado por vigilância intensiva e métodos de fabricação complexos. Estes podem atrasar em relação ao aparecimento de novas mutações virais, resultando em eficácia vacinal subótima. Reconhecendo as limitações das vacinas atuais em oferecer imunidade de longo prazo e o desafio da rápida mutação, há uma mudança em direção à criação de vacinas mais avançadas. O objetivo é gerar proteção duradoura contra vários subtipos de influenza, concentrando-se em elementos virais mais consistentes, como a haste da hemaglutinina. Tecnologias emergentes, especialmente RNA autoamplificável (saRNA) dentro de nanopartículas lipídicas, estão liderando essa mudança. Eles prometem uma produção de vacinas mais rápida e imunidade sustentada contra a gripe sazonal e pandêmica. Como demonstrado durante a pandemia de SARS-CoV-2, a vigilância de águas residuais é uma ferramenta eficaz para a detecção precoce do vírus. Nosso projeto aplica esse método à gripe, potencialmente transformando a forma como rastreamos o vírus, fornecendo dados epidemiológicos detalhados. Esta estratégia pode permitir a identificação rápida de novas cepas de influenza, possibilitando a rápida adaptação das formulações de vacinas e a implantação de imunização direcionada em áreas específicas. O projeto antecipa que a análise de águas residuais revelará novas cepas e mutações em locais antigênicos críticos, melhorando o alinhamento e a capacidade de resposta das vacinas. A integração da vigilância em tempo real e a aplicação da tecnologia de saRNA não são apenas um passo à frente, mas uma revolução potencial na prevenção e controle da influenza. Isso pode levar a avanços significativos na saúde pública, transformando nossa capacidade de rastrear e responder a surtos de gripe e, em última instância, salvar vidas. (AU)

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