Hipotensão Ortostática Sintomática em Pacientes com Hipertensão Pulmonar Pré-capilar: Uma Investigação Mecanística

• Processo: 23/08850-5
• Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Regular
• Data de Início da vigência: 01 de agosto de 2024
• Data de Término da vigência: 31 de julho de 2026
• Área do conhecimento: Ciências Biológicas - Fisiologia - Fisiologia de Órgãos e Sistemas
• Pesquisador responsável: Bruno Moreira Silva
• Beneficiário: Bruno Moreira Silva
• Instituição Sede: Escola Paulista de Medicina (EPM). Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Campus São Paulo. São Paulo , SP, Brasil
• Pesquisadores associados: Eloara Vieira Machado Ferreira Alvares da Silva Campos ; Jaquelina Sonoe Ota Arakaki ; Patrice Brassard ; Rudolf Krawczenko Feitoza de Oliveira
• Assunto(s): Hemodinâmica Hipertensão arterial pulmonar Fisiologia cardiovascular
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Hemodinâmica | Hipertensão arterial pulmonar | Hipertensão pulmonar pré-capilar | hipertensão pulmonar tromboembólica crônica | hipotensao postural | Oxigenação Cerebral | Fisiologia Cardiovascular

Resumo

A hipertensão pulmonar pré-capilar (PrecapPH) é um subtipo de hipertensão pulmonar que afeta principalmente a circulação arterial pulmonar e o lado direito do coração. Este distúrbio vascular é caracterizado por aumento da resistência vascular pulmonar e remodelação vascular pulmonar, levando à insuficiência ventricular direita e morte. Em geral, o aumento da resistência vascular pulmonar é progressivo e leva à dispneia. Alterações neuro-humorais e um sistema cardiorrespiratório frágil podem hipoteticamente tornar os pacientes propensos à regulação disfuncional da pressão arterial sistêmica, talvez levando à hipotensão durante a transição da posição deitada para a posição ortostática. É importante ressaltar que a hipotensão ortostática pode estar associada a sintomas como tontura, visão turva e fadiga, impactando a qualidade de vida do paciente. No entanto, a origem dos sintomas de hipotensão ortostática provavelmente depende de múltiplos fatores, incluindo baixa pressão arterial sistêmica e disfunção de mecanismos que preservam a perfusão e oxigenação cerebral. Tal disfunção cerebrovascular provavelmente abrange prejuízo da relação pressão arterial-fluxo sanguíneo cerebral (isto é, autorregulação cerebral), ajuste prejudicado do fluxo de acordo com a atividade neural e a demanda metabólica (isto é, acoplamento neurovascular) e capacidade de resposta prejudicada a alterações no dióxido de carbono arterial (isto é, reatividade cerebrovascular). Portanto, o presente projeto visa primeiro investigar se a desregulação cerebrovascular está ligada ao advento de sintomas durante a transição da posição deitada para em pé em pacientes com PrecapPH. Nossa hipótese é que os pacientes com PrecapPH apresentarão autorregulação cerebral atenuada, redução da reatividade cerebrovascular ao dióxido de carbono e menor acoplamento neurovascular em comparação com controles saudáveis e, entre pacientes com PrecapPH, a função cerebrovascular será pior naqueles com sintomas de hipotensão ortostática (+SOH) do que em assintomáticos (- SOH). Em segundo lugar, o projeto visa neutralizar os mecanismos provavelmente envolvidos na geração de hipotensão ortostática e seus sintomas. Esperamos que a redução do volume sistólico seja o fator mais crítico que medeia a diminuição da pressão arterial sistêmica em pacientes com PrecapPH +SOH. Portanto, aumentá-lo por meio da ativação de músculos esqueléticos dos membros inferiores induzida eletricamente mitigará a hipotensão ortostática, enquanto aumento da resistência vascular sistêmica por meio de uma manobra simpatoexcitatória (imersão de uma das mãos em água gelada) não o fará. Além disso, esperamos que a hipocapnia esteja envolvida na redução do fluxo sanguíneo cerebral em repouso e em pé em pacientes com PrecapPH. Portanto, a inalação de CO2 diminuirá os sintomas de hipotensão ortostática por meio de efeitos cerebrovasculares, em vez de efeitos relacionados à pressão arterial sistêmica. (AU)