Utilidade clínica de biomarcadores inflamatórios como instrumento prognóstico em pacientes com silicose

• Processo: 24/05213-7
• Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Regular
• Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2024
• Data de Término da vigência: 31 de agosto de 2026
• Área do conhecimento: Ciências da Saúde - Medicina
• Pesquisador responsável: Ubiratan de Paula Santos
• Beneficiário: Ubiratan de Paula Santos
• Instituição Sede: Instituto do Coração Professor Euryclides de Jesus Zerbini (INCOR). Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP). Secretaria da Saúde (São Paulo - Estado). São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Pneumoconiose Saúde do trabalhador Sílica Silicose Pneumologia
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Biomarcadores inflamatórios | Pneumoconiose | Saúde do Trabalhador | sílica | silicose | sTNFR2 | Pneumologia

Resumo

Introdução: A sílica é o mineral mais abundante na crosta da Terra e seu uso é amplo e diversificado. Apesar de uso antigo, a exposição a poeiras com sílica é persistente e fator de risco para várias doenças, sendo a mais prevalente e com maior morbimortalidade a silicose, a pneumoconiose mais prevalente no Brasil e no mundo. A silicose é uma doença irreversível e progressiva, mesmo depois de cessada a exposição. Não há, até o momento, tratamento curativo, exceto transplante de pulmão. Apesar de estudos existentes sobre a presença de biomarcadores e sua associação com risco de silicose e com sua gravidade, os achados, especialmente associados com alterações da função pulmonar e progressão da doença, ainda precisam ser mais bem esclarecidos. A identificação de biomarcadores inflamatórios que possam estar associados à maior perda funcional e piora clínica pode ajudar a detectar precocemente pacientes com risco de evoluir com formas mais graves da doença. Objetivo principal: Avaliar a utilidade clínica de biomarcadores inflamatórios no sangue para estimar a progressão da silicose, identificada através da piora dos sintomas, perda de peso, declínio acelerado da função pulmonar e do pior desempenho ao exercício. Métodos: Serão incluídos 120 pacientes com diagnóstico de silicose acompanhados no Ambulatório de Doenças Pulmonares Ambientais e Ocupacionais da Divisão de Pneumologia do InCor-HCFMUSP. Os pacientes serão submetidos à avaliação em três momentos distintos, com distância de oito meses entre cada avaliação, constituindo de: avaliação clínica, sociodemográfica e ocupacional, avaliação de sintomas através de questionários validados para o Brasil (mMRC, CAT, St George), prova de função pulmonar completa, tomografia de tórax, teste de caminhada de 6 minutos, ergoespirometria, registros antropométricos e análise de marcadores inflamatórios sistêmicos em amostras de sangue. Os dados serão analisados para avaliar relação entre progressão da doença e os marcadores sanguíneos, o teste de caminhada de 6 minutos e alterações na tomografia de tórax. (AU)