Aprendizagem expansiva para transformar a saúde e a segurança no trabalho

• Processo: 25/04145-0
• Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Livros no Brasil
• Data de Início da vigência: 01 de maio de 2025
• Data de Término da vigência: 30 de abril de 2026
• Área do conhecimento: Ciências da Saúde - Saúde Coletiva - Saúde Pública
• Pesquisador responsável: Vivian Aline Mininel
• Beneficiário: Vivian Aline Mininel
• Instituição Sede: Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS). Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). São Carlos , SP, Brasil
• Vinculado ao auxílio: 19/13525-0 - Inovação e transformação da atividade de prevenção de riscos profissionais - ITAPAR, AP.TEM
• Assunto(s): Saúde do trabalhador
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Aprendizagem Expansiva | Pesquisa-intervenção | Saúde do Trabalhador | Saúde e Segurança no Trabalho | Saúde do Trabalhador

Resumo

Este livro apresenta os aprendizados, inovações e transformações advindas de estudos intervencionistas na área de Saúde do Trabalhador, conduzidos no projeto temático Inovação e Transformação para Atividade de Prevenção de Riscos Profissionais - ITAPAR. Esses estudos evidenciam a necessidade urgente de pesquisas práticas direcionadas a melhorar as condições de trabalho e desenvolver os trabalhadores com as habilidades e os conhecimentos para promover tais mudanças. O livro é voltado a pesquisadores e profissionais da área da Saúde e Segurança no Trabalho e todos aqueles interessados na condução de pesquisas intervencionistas visando empoderar os trabalhadores para a mudança, o que chamamos de agência transformadora. Nesse sentido, ele também é direcionado a gestores e diferentes lideranças que buscam melhorar as condições de saúde e segurança no trabalho. A obra visa responder às perguntas: 1) Quem aprendeu com as intervenções? 2) O que foi aprendido, ou seja, qual foi o conteúdo da aprendizagem em termos de conceitos, modelos e instrumentos? 3) Como se aprendeu, ou seja, quais ações, técnicas, estratégias e ferramentas foram utilizadas? 4) Quais as motivações e situações levaram ao aprendizado? Cada capítulo se propõe a responder a uma ou mais dessas perguntas, contribuindo para a construção de conhecimento teórico, metodológico e prático sobre intervenções formativas para promoção da saúde dos trabalhadores. O capítulo inicial introduz o contexto do projeto, delineando os conceitos e princípios fundamentais do método do Laboratório de Mudanças (LM). Os capítulos de 2 a 13 trazem os resultados da pesquisa empírica: os capítulos 2 e 3 exploram os desafios dos trabalhadores rurais diante do uso de agrotóxicos e da expansão da monocultura no oeste de São Paulo; o capítulo 4 apresenta as contradições históricas ligadas à hierarquia e condições de trabalho da polícia militar; o capítulo 5 analisa as tensões entre trabalhadores da saúde mental decorrente de instrumentos de trabalho e riscos psicossociais; o capítulo 6 descreve as melhorias nas condições de trabalho propostas por agentes de combate a endemias; o capítulo 7 detalha uma intervenção no Ministério Público Estadual de São Paulo para aprimorar a política de socioeducação por meio de maior horizontalidade e projetos colaborativos; o capítulo 8 examina microciclos de aprendizagem com policiais militares com foco na redução do adoecimento mental; o capítulo 9 a criação de um modelo de saúde coletiva no trabalho para trabalhadores petroleiros; o capítulo 10 apresenta novas ferramentas para inclusão dos fatores organizacionais na prevenção de acidentes em uma refinaria; o capítulo 11 aborda a criação de um Comitê de Prevenção de Acidentes do Trabalho para a vigilância de agravos relacionados ao trabalho; o capítulo 12 apresenta o desenvolvimento do software ZerObito, projetado para coordenar ações de prevenção, reduzir retrabalho e melhorar a eficácia das análises e intervenções nos casos de acidentes fatais; o capítulo 15 apresenta novas práticas de acolhimento e fortalecimento de vínculos em uma unidade da Fundação CASA (Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente); por fim, o capítulo 14 aborda a transformação do modelo de gestão em um hospital universitário, que levou a construção coletiva de soluções para melhorar o ambiente e a saúde mental dos trabalhadores. Os últimos capítulos exploram o aprendizado dos pesquisadores e as inovações criadas: o capítulo 15 enfatiza a imprescindibilidade da negociação para viabilizar a intervenção; o capítulo 16 apresenta reflexões críticas sobre a aplicação do LM no contexto brasileiro e a necessidade de "abrasileiramento" dessa ferramenta social; o capítulo 17 discorre sobre a importância de abordagens híbridas nas intervenções em contexto de trabalho; por fim, o capítulo 18 sintetiza o aprendizado e desafios dos pesquisadores. (AU)