Busca avançada
Ano de início
Entree

Estudo multidisciplinar da variabilidade intraespecífica do veneno de serpentes e seu impacto na fisiopatologia do envenenamento e soroneutralização

Processo: 24/14920-9
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Data de Início da vigência: 01 de maio de 2025
Data de Término da vigência: 30 de abril de 2028
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Saúde Coletiva - Saúde Pública
Pesquisador responsável:Karen de Morais Zani
Beneficiário:Karen de Morais Zani
Instituição Sede: Instituto Butantan. Secretaria da Saúde (São Paulo - Estado). São Paulo , SP, Brasil
Pesquisadores associados:André Gustavo Tempone Cardoso ; Luis Roberto de Camargo Gonçalves ; Marisa Maria Teixeira da Rocha ; Mychel Raony Paiva Teixeira Morais ; Rafael Stuani Floriano ; Sávio Stefanini Sant Anna
Assunto(s):Bothrops  Crotalus  Toxicologia 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:bothrops | Caracterização composicional e funcional | crotalus | Envenenamento por serpentes | Fisiopatologia do envenenamento | Variabilidade intraespecífica do veneno de serpentes | Toxicologia

Resumo

O envenenamento por serpentes é classificado pela Organização Mundial da Saúde como uma doença tropical negligenciada. No Brasil, foram registrados 25.115 casos de acidentes ofídicos por espécies de serpentes peçonhentas no ano de 2023. Cerca de 87% desses acidentes são atribuídos às serpentes do gênero Bothrops, enquanto 10% são atribuídos ao gênero Crotalus. As peçonhas de serpentes são misturas complexas de proteínas, de composição variável entre gêneros, espécies, subespécies, populações e indivíduos, sujeitas à evolução Darwiniana. Essa variabilidade intraespecífica associada à sua diversidade funcional é particularmente crítica quando consideramos a fisiopatologia do envenenamento e sua reatividade com o antiveneno. Devido à sua relevância fisiopatológica, ecológica e evolutiva, nosso grupo vem descrevendo variações fenotípicas intraespecíficas do veneno de espécies do gênero Bothrops e Crotalus. Nesse contexto, demonstramos a existência de variação geográfica do perfil individual de toxinas do veneno de Crotalus durissus terrificus e Crotalus durissus collilineatus, especialmente com relação à composição de fosfolipase A2 (PLA2). Adicionalmente, identificamos também diferentes fenótipos de veneno da espécie Bothrops jararaca com relação ao conteúdo de metaloproteases (SVMP). Tendo em vista a complexidade do envenenamento causado pelos gêneros Bothrops e Crotalus e a importância dessas serpentes para a saúde pública, a realização de um estudo multifacetado correlacionando a variabilidade fenotípica dos venenos à sua variação fisiopatológica, bem como sua neutralização pelo o antiveneno produzido é de grande relevância, tanto do ponto de vista farmacológico quanto do ponto de vista ecológico/evolutivo. Dessa forma, o presente projeto propõe a caracterização da composição proteica e das atividades fisiopatológicas de diferentes fenótipos do veneno de B. jararaca e C. durissus ssp., bem como a avaliação da sua reatividade e neutralização pelo soro antiveneno produzido pelo Instituto Butantan. (AU)

Matéria(s) publicada(s) na Agência FAPESP sobre o auxílio:
Mais itensMenos itens
Matéria(s) publicada(s) em Outras Mídias ( ):
Mais itensMenos itens
VEICULO: TITULO (DATA)
VEICULO: TITULO (DATA)