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A valorização de culturas indígenas no contexto de midiatização da sociedade: uma pesquisa-ação

Processo: 24/13177-0
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Data de Início da vigência: 01 de abril de 2025
Data de Término da vigência: 31 de março de 2027
Área do conhecimento:Ciências Sociais Aplicadas - Comunicação - Teoria da Comunicação
Pesquisador responsável:Laan Mendes de Barros
Beneficiário:Laan Mendes de Barros
Pesquisador Responsável no exterior: carlos del valle rojas
Instituição Parceira no exterior: Universidad de La Frontera (UFRO), Chile
Instituição Sede: Faculdade de Arquitetura, Artes, Comunicação e Design (FAAC). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Bauru. Bauru , SP, Brasil
Pesquisadores associados:Arthur Magon Whitacker ; Gustavo Soranz Gonçalves ; Iberê Moreno Rosário e Barros ; Miriam Cristina Carlos Silva ; Nelson Russo de Moraes ; Norval Baitello Junior ; Raquel Cabral ; Renato Dias Baptista ; Rodrigo Galvão de Castro ; Roseane Andrelo
Assunto(s):Cultura indígena  Educomunicação 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Comunicação e experiência estética | cultura indígena | Leitura crítica da comunicação | media literacy | Midiatização da Sociedade | Produção Audiovisual | Educomunicação

Resumo

O projeto ora apresentado se configura em uma Pesquisa-Ação e se volta à valorização de culturas indígenas no contexto de midiatização da sociedade. O objetivo principal da pesquisa é compreender os usos da mídia feitos por jovens e lideranças indígenas das comunidades participantes, em uma perspectiva dialógica, considerando uma postura crítica sobre o uso da mídia e a necessidade de leitura crítica da comunicação. Dessa forma, o projeto se insere no âmbito da educomunicação. No caso de São Paulo, trabalharemos com moradores de aldeias indígenas localizadas nas regiões de Bauru e Tupã; mais especificamente na Terra Indígena Araribá e na Terra Indígena Vanuíre. Em Araribá existem quatro aldeias: Kopenoti, Ekeruá, Nimuendaju e Tereguá, onde vivem 645 pessoas (segundo dados do Sesai de 2023) das etnias Terena, Tupi-Guarani (Ñandeva), em um território de 1.930,3369 de hectares. No Território Vanuíre, que tem 708,9304 hectares, vivem 239 pessoas (Sesai, 2023) das etnias Kaingang, Terena, Krenak, Fulni-ô, Atikum, Kaingang-Krenak.Enquanto que no caso da região de La Araucanía, o trabalho será feito com as comunidades indígenas do setor Truf Truf, pertencente à comuna Padre de Las Casas. No setor Truf Truf existem 97 comunidades distribuídas em 9 mil hectares. A comuna Padre Las Casas tem uma projeção populacional para 2024 de 85.373 habitantes e mais de 50% corresponde à população indígena Mapuche. Vale notar que de acordo com o Censo 2017, no Chile um total de 2.185.792 pessoas se consideram pertencentes a um povo indígena ou nativo, dos quais 1.745.147 correspondem ao povo Mapuche. O mesmo censo indica que existem 17.574.003 pessoas no Chile, de modo que a população Mapuche representa 10% da população do país.As estratégias metodológicas da pesquisa partem do intercâmbio e revisão bibliográfica, com ênfase em experiências similares, a coleta e análise comparativa dos dados obtidos durante o trabalho de campo. Para isso, serão utilizadas entrevistas individuais e em grupos focais como técnicas de coleta de dados e informações. Por sua vez, o software Nvivo será utilizado para a análise das informações obtidas, trabalhando especialmente categorias como visão de mundo, bem viver, tecnologias, preservação cultural e desenvolvimento comunitário.Em relação aos resultados, o projeto busca gerar um processo de comunicação entre as comunidades indígenas participantes do Chile e do Brasil, contribuindo para um intercâmbio cultural que lhes permita conhecer outras realidades semelhantes, com desafios de comunicação comuns. De particular interesse é a recuperação da memória cultural, artística e patrimonial das comunidades. Tal ênfase é relevante visto que a Universidade de La Frontera estabelece em sua Missão que: "Reconhece, promove e incorpora a visão de mundo dos povos originários e, especialmente, a relação intercultural com o povo Mapuche, promovendo o respeito e o desenvolvimento equitativo". Por outra parte, a Universidade Estadual Paulista assume como dimensão forte de sua missão "Gerar, difundir e fomentar o conhecimento, contribuindo para a superação de desigualdades e para o exercício pleno da cidadania". Este projeto de Pesquisa-Ação se insere, também, na Agenda 2030 da ONU, ao focar alguns dos ODS. E para efetivar a interação entre culturas tradicionais presentes nas regiões de atuação das duas universidade e suas comunidades acadêmicas, serão realizadas oficinas de literacia midiática (Media literacy), redação de roteiros, produção audiovisual, fotografia e podcast, bem como a realização de amostras audiovisuais produzidas nas oficinas e interação entre jovens e lideranças indígenas com estudantes das universidades.Por fim, considera-se a publicação de artigos e dossiês em revistas indexadas, exibições de produções audiovisuais e exposições fotográficas e divulgação do projeto e seus resultados em meios audiovisuais de ambos os países. (AU)

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