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"Nas margens da história": Pedro Ivo, o homem e o mito (1832-1865)

Processo: 24/15963-3
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Data de Início da vigência: 01 de junho de 2025
Data de Término da vigência: 31 de maio de 2028
Área do conhecimento:Ciências Humanas - História - História do Brasil
Pesquisador responsável:Maria Luiza Ferreira de Oliveira
Beneficiário:Maria Luiza Ferreira de Oliveira
Instituição Sede: Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (EFLCH). Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Campus Guarulhos. Guarulhos , SP, Brasil
Assunto(s):História do Brasil Império 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Cultura política no século XIX | Exército no século XIX | Lideranças Populares | Nacionalismo republicano | Pedro Ivo | Praieira | História do Brasil Império

Resumo

Esta pesquisa busca aprofundar o conhecimento sobre a trajetória de Pedro Ivo Velloso da Silveira, militar e líder rebelde nascido em Olinda em 1811 e falecido no mar, em 1852. Trajetória que não será entendida como linear, dotada de um sentido lógico, mas compreendida em suas múltiplas situações, nas configurações mutantes da experiência do homem no tempo. A periodização vai de 1832, quando Pedro Ivo foi enviado ao Ceará para debelar a revolta de Pinto Madeira, até 1865, ano em que o poeta abolicionista Castro Alves declamou o emblemático poema em sua homenagem. Vamos analisar as dimensões da sua experiência nos quadros do Exército, as condições que enfrentou e as lutas que presenciou; os projetos em disputa no período, a configuração do debate político do tempo; analisar as repercussões de sua morte e a forma como a figura dele foi resgatada no debate público durante a década de 1850 e nos primeiros anos de 1860. A pesquisa visa conhecer outros rebeldes que andaram junto com Pedro Ivo e são pouco ou quase nada referenciados pela historiografia, como Batinga, o cadete Falcão, Alferes Maniva e, especialmente, Caetano Alves da Silva, antigo líder cabano que diziam ter a cabeça "cheia de ideias novas". Nos anos 1840 e 1850 havia uma politização na sociedade que estava nos jornais de diversas províncias, estava nas praças e cafés do Rio de Janeiro, Salvador e do Recife, e estava também nas matas, entre os homens livres pobres, libertos, índios, quilombolas, escravizados. Procurarei entender como o homem foi virando mito; ele ganhou um banquete nacionalista em Niterói, foi chamado de o "Kosuth pernambucano" por um dos maiores jornais da Corte, "herói da refundação nacional" por jornais republicanos, e líder dos "comunistas do sertão", como vaticinou um influente publicista conservador. Vou mapear os poemas que foram publicados em jornais do Brasil inteiro para louvá-lo, investigar quem eram os poetas que declamaram em bailes e na praça pública, os redatores e tipógrafos que fizeram com que o nome dele fosse conhecido nacionalmente pois representava um sonho de transformação, e, sobretudo, entender com mais profundidade os debates políticos e as tensões vividas nesse período que conformaram uma cultura política peculiar, travejada por um projeto nacionalista novo, de caráter radical e ainda pouco conhecido. (AU)

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