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Eliminacao sinaptica e plasticidade em juncao neuromuscular.

Processo: 95/06956-9
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Data de Início da vigência: 01 de maio de 1996
Data de Término da vigência: 31 de dezembro de 1999
Área do conhecimento:Ciências Biológicas - Morfologia - Anatomia
Pesquisador responsável:Humberto Santo Neto
Beneficiário:Humberto Santo Neto
Instituição Sede: Instituto de Biologia (IB). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Assunto(s):Receptores de acetilcolina  Eliminação sináptica  Fibras musculares  Junção neuromuscular 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Eliminacao Sinaptica | Fibra Muscular | Juncao Neuromuscular | Receptores De Acetilcolina

Resumo

A eliminação sináptica desempenha papel fundamental no desenvolvimento do Sistema Nervoso. Através dela são determinadas algumas das funções neurais mais importantes. Mecanismos de memória e o correto estabelecimento do sistema visual neural, por exemplo dependem diretamente deste processo. Apesar da importância da eliminação os mecanismos celulares e moleculares nela envolvidos são pouco conhecidos. Alguns obstáculos, como por exemplo a impossibilidade de se acompanhar uma mesma sinapse no Sistema Nervoso Central (SNC),e a complexidade da rede sináptica são os principais fatores limitantes. De maneira análoga ao o que ocorre no SNC, o estabelecimento das sinapses neuromusculares também passa por um processo de eliminação. Durante o período embrionário, as fibras musculares esqueléticas recebem mais de um axônio em um mesmo sitio funcional. Logo após o nascimento, a inervação redundante é eliminada e cada junção neuromuscular fica com apenas um axônio. Acredita-se que os mecanismos celulares e moleculares envolvidos na eliminação sináptica ao nível das fibras musculares assemelham-se em muitos aspectos ao que ocorre no SNC. Contrariamente às sinapses do SNC, as junções neuromusculares são de fácil acesso e manipulação. Por isto elas tem sido extensivamente empregadas nos estudos de eliminação. Contudo estudos em material fixado são por demais limitados. Eles não permitem que se acompanhe diretamente os eventos celulares e moleculares em uma determinada junção. Os resultados finais representam a somatória de observações em diferentes junções de animais distintos. A grande vantagem em se estudar eliminação sináptica em junções neuromusculares foi consolidada quando Lichtman et. al(1987) desenvolveram um método para acompanhamento "in vivo" de uma mesma junção. Através dele é possível acompanhar-se diretamente o que ocorre em uma determinada junção pelo tempo que se fizer necessário, podendo alcançar toda a vida do animal. A questão central nos estudos de eliminação é saber quem determina qual axônio deve ser removido. Parece haver um consenso de que a fibra muscular é quem determina quais terminais motores devem ser eliminados. Os estudos atuais procuram responder de que forma isto ocorre e quem seria o sinalizador molecular retrógrado que, partindo da fibra muscular alcançaria os terminais motores. Uma das hipóteses vigentes postula que a remoção dos receptores de acetilcolina induziria a eliminação dos terminais que lhes são adjacentes(Lichtman, 1995).Pela falta de um modelo experimental adequado essa hipótese ainda não foi testada. Os objetivos deste trabalho são: 1)desenvolver um modelo experimental em que os receptores de acetilcolina sejam removidos da membrana funcional pós sináptica, 2) a partir disto, investigar se a remoção dos receptores induz a eliminação dos terminais motores. O desenvolvimento do modelo baseia-se no emprego de inibidores da síntese protéica. Uma determinada fibra muscular será injetada com quantidades picomolares de inativadores da subunidade 28S dos ribossomos. A idéia é inibir a síntese apenas da região subsinaptica da fibra muscular, permitindo que a fibra muscular mantenha-se viva. No dia da injeção, os receptores de acetilcolina serão saturados com alfabungarotoxina conjugada à rodamina.Imagens desses receptores serão obtidas através de um sistema de videomicroscopia e digitalização de imagens e serão arquivadas com o auxílio de um programa computacional. Em um período de 5 a 15 dias após as injeções. Os receptores das fibras injetadas serão novamente analisados. O acompanhamento será feito "in vivo". Forma geral, tamanho e principalmente intensidade de fluorescência serão os parâmetros adotados para avaliação das alterações. Em ocorrendo alterações em relação às imagens obtidas no dia da injeção, os terminais motores correspondentes as mesmas junções serão também analisados. Assim será possível averiguar se as alterações dos receptores produzem de fato, a eliminação dos terminais motores. (AU)

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