Busca avançada
Ano de início
Entree

Obtenção de cultivares de trigo através da diploidização de linhagens dihaplóides obtidas via cultura de anteras in vitro

Resumo

Produzir linhagens dihaplóides de trigo em um curto espaço de tempo, via cultivo de anteras in vitro a partir de plantas F1, com vistas à obtenção de novas variedades mais produtivas e com melhores características agronômicas. Linhagens dihaplóides de trigo podem ser obtidas já na geração F2, usando-se a técnica da cultura de anteras in vitro. Dessa forma, os ciclos de seleção de F3 a F8 são desnecessários, redundando em considerável economia de recursos e de tempo, cerca de seis anos. Uma outra vantagem, é a possibilidade da obtenção de tipos recombinantes, os quais dificilmente seriam detectados no processo de seleção tradicional. Metodologia: Serão usados os híbridos F1 provenientes de hibridação entre os cultivares IAC-24 e outros de origem mexicana. O cultivar IAC-24, de elevada capacidade androgenética, é de porte semianão, suscetível à ferrugem da folha, de ciclo precoce a médio e produz farinha de alta qualidade para panificação, qualidade vital no valor comercial do grão. O cultivar IAC-24 apresenta alta tolerância ao alumínio tóxico do solo, produzindo em solo ácido e de sequeiro, cerca de 2.000 kg/ha. Em solo corrigido e fertilizado com irrigação por aspersão, a produtividade atinge 4.000 kg/ha. A tolerância ao AI é condicionada por um par de genes dominantes, sendo facilmente incorporada. As linhagens mexicanas são muito sensíveis ao A1, sendo totalmente improdutivas em solos ácidos. Em solo corrigido e fertilizado, a produtividade desses genótipos pode superar o IAC-24, produzindo cerca de 5.500 kg/ha, mostrando maior potencial de produção. Essas linhagens, além de elevado potencial produtivo, apresentam resistência à ferrugem das folhas e também são adequadas à panificação. Os genótipos empregados, IAC-24 e linhagens mexicanas, são do maior interesse para o programa de melhoramento do trigo do IAC. Serão feitas hibridações entre elas e coletadas as inflorescências imaturas para plaqueamento das anteras. A obtenção de plantas haplóides, duplicadas em seguida via colchicina, permitirá uma considerável economia de tempo e recursos na produção de novas variedades, além da possibilidade de se obterem recombinantes especiais. As linhas dihaplóides já existentes serão testadas em campo, sendo que as novas a serem obtidas entrarão em testes de competição agronômicos mais tarde, juntamente com outras variedades comerciais... (AU)

Matéria(s) publicada(s) na Agência FAPESP sobre o auxílio:
Mais itensMenos itens
Matéria(s) publicada(s) em Outras Mídias ( ):
Mais itensMenos itens
VEICULO: TITULO (DATA)
VEICULO: TITULO (DATA)