Busca avançada
Ano de início
Entree

Vigilância epidemiológica da doença cerebrovascular: WHO - The Global Stroke Initiative

Processo: 05/03061-4
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Data de Início da vigência: 01 de outubro de 2006
Data de Término da vigência: 31 de julho de 2009
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Saúde Coletiva - Saúde Pública
Pesquisador responsável:Paulo Andrade Lotufo
Beneficiário:Paulo Andrade Lotufo
Instituição Sede: Hospital Universitário (HU). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Transtornos cerebrovasculares  Vigilância epidemiológica  Fatores de risco  Banco de dados  Estudos epidemiológicos  Análise de sobrevida 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Doencas Cerebrovasculares | Estudos De Incidencia | Estudos De Sobrevida | doenças crônicas não-transmissíveis.

Resumo

A doença cerebrovascular no país representa a principal causa de morte entre mulheres e a segunda entre homens sendo que as taxas de mortalidade para ambos os sexos são das mais elevadas quando comparadas às de outros países. Em São Paulo (SP) há o dobro de risco de morte pela doença na área mais pobre em relação a mais rica. Apesar da relevância da doença, uma pesquisa na base "Medline" revelou somente 35 artigos originais sobre o tema, com um único estudo epidemiológico (Salvador, 1980) que avaliou incidência e letalidade pela doença. Recentemente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou um projeto destinado ao estudo comparativo da epidemiologia das doenças cardiovasculares chamada de "WHO -The Global Stroke Initiative" com uma proposta operacional que constitui nova tecnologia em vigilância de doenças crônicas que se baseia em três etapas. A etapa 1 - eventos hospitalizados - é baseada em pacientes admitidos com doença cerebrovascular em hospital. Os desfechos de protocolo para essa etapa são os seguintes: variáveis demográficas, tempo de início, status vital após dez dias, tipo de tratamento adotado e, grau de incapacidade na alta hospitalar. A etapa 2 - eventos fatais na comunidade - inclui as atividades da etapa 1 e a informação dos eventos fatais via declaração de óbito. Os desfechos nessa fase são taxa de mortalidade por sexo e idade na população-referência e a proporção de casos fatais tratados fora do ambiente hospitalar. A etapa 3 - eventos não-fatais na comunidade - exige que a população referência seja bem definida possibilitando estimar taxas de mortalidade, incidência e letalidade pela doença. Os locais de procura para inclusão de caso incidente que não tenha sido atendidos na rede hospitalar são os outros recursos de saúde. Nessa fase será possível estimar as taxas de mortalidade, incidência e letalidade e calcular os anos de vida com incapacidade. O objetivo inicial do estudo é desenvolver nos dois primeiros anos, a etapa 1 e 2 no Distrito Escola do Butantã (população=377 567 habitantes) onde o HUda USP é a única unidade hospitalar geral. Além dos objetivos do projeto da OMS estaremos também verificando com maior precisão: (1) o tempo entre o início dos sintomas e atendimento hospitalar ou pré-hospitalar; (2) a relação com variáveis atmosféricas como temperatura; (3) os fatores de risco associados com o prognóstico como pressão arterial, dislipidemia, diabetes, tabagismo, fibrilação atrial, infarto do miocárdio prévio e função renal. A definição de caso será a empregada pela OMS: "rebaixamento neurológico focal (ou global) de início súbito que persiste por mais de 24 horas (ou conduz a morte antes desse tempo) de provável origem vascular". Os subtipos estudados serão o isquêmico, o hemorrágico intracerebral e o subaracnóideo sendo que todos pacientes serão submetidos a tomografia computadorizada. Os episódios isquêmicos transitórios não serão incluídos. Na etapa 1 todos os casos índices serão identificados na admissão sendo submetidos a questionário padrão e a perguntas específicas. Na admissão será colhido material para guarda de soro e de material para extração futura de DNA.Todos os casos que evoluírem a óbito serão submetidos à autopsia. Os demais casos serão avaliados na alta para verificar o grau de incapacidade originada pelo evento cerebrovascular.Na etapa 2, as declarações de óbitos recebidas do órgão municipal deflagrarão uma visita às famílias e/ou outros hospitais fora da região onde ocorreu a internação e óbito. Um banco de dados será montando com todas as variáveis colecionadas como um banco de material biológico para análises etiológicas posteriores. Espera-se após 24 meses de estudo aprofundar o conhecimento etiológico com teses e artigos originais e lançar bases para um programa sólido de assistência médica e de reabilitação com a publicação de manuais. Esse projeto também será viabilizado com bolsas pagas pelo CNPq (edital Universal 472190/2004-0)e pelo apoio do HU-USP. (AU)

Matéria(s) publicada(s) na Agência FAPESP sobre o auxílio:
Mais itensMenos itens
Matéria(s) publicada(s) em Outras Mídias ( ):
Mais itensMenos itens
VEICULO: TITULO (DATA)
VEICULO: TITULO (DATA)

Publicações científicas
(Referências obtidas automaticamente do Web of Science e do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores)
ABE, IVANA MAKITA; GOULART, ALESSANDRA CARVALHO; SANTOS JUNIOR, WALDYR RODRIGUES; LOTUFO, PAULO ANDRADE; BENSENOR, ISABELA MARTINS. Validação de um questionário de sintomas cerebrovasculares para inquéritos epidemiológicos. São Paulo Medical Journal, v. 128, n. 4, p. 225-231, . (05/03061-4)