Avaliações dos cenários de ações para a implementação de um Comitê de Melhorias em um Hospital Universitário a partir de uma perspectiva ergonômica.

• Processo: 09/11889-3
• Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Regular
• Data de Início da vigência: 01 de outubro de 2009
• Data de Término da vigência: 30 de setembro de 2010
• Área do conhecimento: Engenharias - Engenharia de Produção
• Pesquisador responsável: Laerte Idal Sznelwar
• Beneficiário: Laerte Idal Sznelwar
• Instituição Sede: Escola Politécnica (EP). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Ergonomia Saúde do trabalhador
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: ergonomia | Presenteísmo com dor | Prevenção de doenças ligadas ao trabalho | Produção em serviços | Saúde do Trabalhador | Ergonomia

Resumo

Este projeto se propõe a analisar, a partir de uma perspectiva ergonômica, os cenários de ação para implantação do Comitê de Melhorias no Hospital Universitário da Universidade de São Paulo e desenvolver concretamente as ações deste comitê. O Comitê de Melhorias foi elaborado e criado em 2007 - 2008 no âmbito do projeto de Cooperação Técnica entre o Hospital Universitário de São Paulo (HU) e o Departamento de Engenharia de Produção da Escola Politécnica da USP, com apoio da Fundação Carlos Alberto Vanzolini. O projeto inicial buscou compreender a produção nos diversos serviços do hospital em termos de qualidade e produtividade e as possibilidades de melhoria nestes processos com foco na promoção da saúde e do desenvolvimento profissional dos trabalhadores.Neste contexto, o objetivo principal da criação de um Comitê de Melhorias foi, inicialmente, a definição de políticas de transformação de processos de trabalho para poder, num segundo momento, mudar as condições atuais, projetar e implantar situações futuras e consolidar uma abordagem, que baseada em métodos oriundos da ergonomia e do campo da gestão de processos e projetos, servir como referência. A natureza da atividade de um hospital traz vários desafios para a realização deste projeto. Além dos desafios trazidos pela natureza da atividade deste tipo de organização, é preciso considerar o fato que o Hospital Universitário é uma instituição pública ligada à Universidade de São Paulo. Este fato tem implicações na gestão do hospital e devem ser consideradas na elaboração das ações do comitê de melhorias. Implantar um comitê de melhorias no hospital significa implantar uma nova maneira de pensar a gestão dos processos no hospital, integrando uma atitude proativa e uma visão no longo prazo nos objetivos de qualidade e produtividade dos serviços prestados assim como nos objetivos de promoção da saúde dos trabalhadores. A abordagem da ergonomia tem objetivos centrados na organização e no seu desempenho (eficiência, produtividade, confiabilidade, qualidade, durabilidade, etc.) e os objetivos centrados nas pessoas (segurança, saúde, conforto, facilidade de uso, satisfação, interesse do trabalho, prazer, etc.), pode trazer elementos de reflexão e conhecimentos para levar à concretização das ações deste comitê. O projeto de criação do Comitê de Melhorias permitiu recolher informações sobre o contexto socio-político no qual se situa o Hospital Universitário assim como informações sobre a gestão da instituição, elementos importantes para melhor entender o seu funcionamento e as mudanças que o hospital está vivendo hoje em dia. Este projeto deveria possibilitar a continuação do recolhimento dessas informações e realizar análises mais aprofundadas para ter um nível de compreensão melhor do trabalho realizado no hospital com objetivo de trazer recomendações adequadas durante a implantação concreta das ações.A metodologia empreendida neste projeto baseia-se na análise ergonômica da atividade de trabalho. Esta pressupõe a compreensão do trabalho real para a construção de um diagnóstico e a proposição de transformações. A partir da análise do contexto e das discussões com os interlocutores do Hospital Universitário, emergiram as cinco grandes frentes de trabalho (eixos de ações) seguintes: Políticas para trabalhadores com restrições e necessidades especiais; Aquisição de materiais, equipamento, sistemas de informação e serviços; Adequação das instalações; Vigilância epidemiológica.O eixo de ação, Vigilância epidemiolôgica, terá como base outra metodologia ligadas a indicadores de afastamentos (duração, freqüência, média de licenças por pessoa afastada, duração média de licença, média de dias perdidos por pessoas afastada). Neste caso, buscar-se-á implementar um sistema de gerenciamento da informação, previsto nesta proposta. (AU)