Patente de uma nova goma tipo xantana obtida de bactéria do gênero Rhizobium

• Processo: 03/00852-5
• Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Programa de Apoio à Propriedade Intelectual (PAPI/Nuplitec)
• Data de Início da vigência: 01 de junho de 2003
• Data de Término da vigência: 31 de julho de 2008
• Área do conhecimento: Ciências Biológicas - Bioquímica - Bioquímica de Microorganismos
• Pesquisador responsável: Eliana Gertrudes de Macedo Lemos
• Beneficiário: Eliana Gertrudes de Macedo Lemos
• Instituição Sede: Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Jaboticabal. Jaboticabal , SP, Brasil
• Vinculado à bolsa: 02/12745-6 - Avaliacao da expressao de genes envolvidos na diferenciacao bacteria bacterioide em bradyrhizobium elkanii., BP.DR
• Assunto(s): Rhizobium Goma xantana Mucopolissacaridoses Heteropolissacarídeos Bradyrhizobium Patentes
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Eps | Exapolissacaridose | Goma Xantana | Rhizobium

Resumo

A goma xantana é um heteropolissacarídeo com a estrutura primária consistindo de repetidas unidades de pentassacarídeo composto por duas unidades de glicose, duas de manose e uma unidade de ácido glucorônico e uma taxa molar de 2:8:2:2. A goma xantana é produzida por bactérias da família Pseudomonaceae do gênero Xanthomonas. (Garcia-Ochoa et al 2000) Todos os organismos neste gênero são fitopatógenos. As Xanthomonas infectam um grande número de plantas, incluindo algumas de interesse agrícola, p.ex.: feijões, aIfafa, repolho, citros, etc. A goma xantana tem um grande campo de aplicação industrial e tem sido usada como aditivo na produção de uma grande variedade de alimentos: provoca a estabilização de emulsões, estabilização de temperatura, apresenta compatibilidade com os ingredientes de alimentos industrializados e também devido às suas propriedades reológicas pseudoplásticas. Devido à suas propriedades no espessamento de soluções aquosas, como agente dispersante, e estabilizante de emulsões e suspensões, a goma xantana é usada em formulações farmacêuticas, cosméticas, e em produtos agrícolas. É usada em corantes da indústria têxtil, na indústria cerâmica, na formulação de explosivos e removedores de ferrugem. Alta viscosidade de soluções e a solubilidade em água do polímero têm criado importantes aplicações da goma na indústria do petróleo, onde ela é comumente usada como fluído na perfuração e nos processos de recuperação do petróleo. As bactérias dos gêneros Rhizobium e Bradyrhizobium em associação com plantas da família das leguminosas fixam o nitrogênio atmosférico beneficiando-as com a amônia produzida que é então incorporada nos compostos nitrogenados tais como proteínas e ácidos nucléicos. (Giller & Wilson 1991) Assim sendo este microrganismo difere radicalmente da bactéria Xanthomonas campestris, que é um fitopatógeno para inúmeras plantas e que vem desde 1964 sendo utilizado para a produção da goma xantana. As gomas são produzidas por bactérias como exopolissacarídeos (EPS), os quais diferem na sua composição e na quantidade produzida, quando em meios complexos ou definidos. Bactérias do gênero Rhizobium e Bradyrhizobium são conhecidas por produzirem EPS em pequenas quantidades quando cultivadas em meios de cultura complexos, tais como os que contêm extrato de levedura e manitol (YML -Vincent,1970; Leigh & Coplin 1992). O EPS produzido por bactérias destes gêneros será aqui denominado genericamente de goma rizobiana. (AU)

Patente(s) depositada(s) como resultado deste projeto de pesquisa