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Redes sociais moldam a dinâmica de transmissão do vírus da Hepatite C

Processo: 11/11666-4
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Artigo
Data de Início da vigência: 01 de agosto de 2011
Data de Término da vigência: 31 de janeiro de 2012
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Saúde Coletiva - Epidemiologia
Pesquisador responsável:Paolo Marinho de Andrade Zanotto
Beneficiário:Paolo Marinho de Andrade Zanotto
Instituição Sede: Instituto de Ciências Biomédicas (ICB). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Hepatite C  Virologia  Evolução  Redes sociais 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Evolução | Hepatite C | redes sociais | Virologia

Resumo

O vírus da hepatite C (HCV) infecta mais de 170 milhões de pessoas em todo o mundo. É tido como um importante problema de saúde pública no Brasil, onde mais de 1% da população pode estar infectada e vários genótipos virais cocirculam.Além de os indivíduos cronicamente infectados serem a fonte de transmissão para os demais, eles correm o risco de desenvolver doenças relacionadas com o HCV, como câncer de fígado e cirrose. Antes da adoção de medidas de controle anti-HCV nos bancos de sangue, o vírus era transmitido principalmente através da transfusão de sangue contaminado. Hoje em dia, ocompartilhamento de seringas entre usuários de drogas injetáveis é tido como aforma mais comum de transmissão do HCV. De particular importância é o fatode que a prevalência de hepatite C está crescendo em grupos considerados de"não-risco". Como não há vacina contra o HCV, é importante determinar osfatores que o controlam a transmissão viral, a fim de possam ser desenvolvidasmedidas de controle mais eficientes. Apesar dos custos despendidos com HCV,os fatores que determinam a propagação do vírus em escala epidemiológica sãoainda pouco compreendidos. Neste trabalho, nós analisamos a sequênciaparcial do gene NS5B de vírus obtidos a partir de amostras de sangue coletadasde 591 pacientes em São Paulo, Brasil. Nossos dados mostraram que osdiferentes genótipos virais entraram em São Paulo em diferentes momentos, seespalharam a diferentes taxas, e estão associados a diferentes grupos etários ede comportamentos de risco. Particularmente, o subtipo 1b é mais antigo ecresceu mais lentamente que os subtipos 1a e 3a, além de estar associado comindivíduos de diferentes faixas etárias. Em contrapartida, os subtipos 1a e 3asão associados a indivíduos mais jovens, infectados mais recentemente, epossivelmente com maiores taxas de contatos sexuais. A dinâmica detransmissão do HCV em São Paulo, portanto, varia de acordo com o subtipo e édeterminada por uma combinação de fatores como idade, exposição a diferentesriscos e diferentes redes sociais. Concluímos que os fatores sociais podemdesempenhar um papel fundamental na determinação da taxa e do padrão dedisseminação do HCV, e esses dados deverão influenciar nas políticas futurasde intervenção. (AU)

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