Isolamento, clonagem e expressão de toxinas da glândula de veneno da aranha Loxosceles gaucho e interação com anticorpos

• Processo: 11/23273-7
• Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Regular
• Data de Início da vigência: 01 de março de 2012
• Data de Término da vigência: 28 de fevereiro de 2014
• Área do conhecimento: Ciências Biológicas - Bioquímica - Biologia Molecular
• Pesquisador responsável: Katia Cristina Barbaro Nogueira
• Beneficiário: Katia Cristina Barbaro Nogueira
• Instituição Sede: Instituto Butantan. Secretaria da Saúde (São Paulo - Estado). São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Venenos de origem animal Aranhas Loxosceles gaucho Matriz extracelular Anticorpos Imunização Soros imunes
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Anticorpos | clonagem | Loxosceles | recombinantes | Toxinas | veneno | Toxinologia

Resumo

O quadro clínico dos envenenamentos por aranhas Loxosceles é caracterizado inicialmente por intensa reação inflamatória local e posterior aparecimento de dermonecrose no local da picada. Em trabalhos anteriores foi verificado que fosfolipases D com massa molecular de aproximadamente 35 kDa são os principais responsáveis pelas atividades dermonecrótica, hemolítica e nefrotóxica. Além disso, várias enzimas que apresentam atividade sobre matriz extracelular também estão presentes no veneno da Loxosceles gaucho contribuindo para atividade inflamatória local observada no loxoscelismo. Contudo, a purificação e isolamento destas toxinas é muito difícil devido à pequena quantidade dos componentes e a presença de isoformas, o que inviabiliza, em muitos casos, o estudo mais detalhado destas toxinas. Dessa forma, o isolamento dos genes destas toxinas com posterior expressão em sistemas heterólogos representa uma abordagem interessante que não só permitirá a obtenção destas toxinas em grande quantidade, mas também a sua manipulação gênica em estudos futuros. Assim, o objetivo deste projeto é isolar, clonar e expressar genes de toxinas da glândula de veneno da aranha L. gaucho com intuito de caracterizar essas toxinas. Neste sentido, as moléculas recombinantes obtidas poderão contribuir muito para o entendimento da fisiopatologia do loxoscelismo permitindo a identificação da relação entre estrutura e função, a interação com anticorpos, e a eventual caracterização de moléculas de interesse clínico e biotecnológico. A produção de anticorpos antitoxinas recombinantes poderão esclarecer o real papel destas moléculas no envenenamento dando subsídios para que as toxinas recombinantes possam ser incorporadas ao pool de imunização utilizado para a produção de antissoros, abrindo novas perspectivas de tratamentos visando principalmente diminuir a morbidade causada por estes acidentes. (AU)

Publicações científicas

(Referências obtidas automaticamente do Web of Science e do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores)

MAGALHAES, GERALDO S.; CAPORRINO, MARIA C.; DELLA-CASA, MAISA S.; KIMURA, LOUISE F.; PREZOTTO-NETO, JOSE P.; FUKUDA, DANIEL A.; PORTES-JUNIOR, JOSE A.; NEVES-FERREIRA, ANA G. C.; SANTORO, MARCELO L.; BARBARO, KATIA C.. Cloning, expression and characterization of a phospholipase D from Loxosceles gaucho venom gland. Biochimie, v. 95, n. 9, p. 1773-1783, SEP 2013. (11/23273-7)