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Estabelecimento de procedimentos de limpeza de diferentes superfícies intradomiciliares expostas a calda de malationa usada no controle do Aedes aegypti

Processo: 12/51164-0
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Data de Início da vigência: 01 de dezembro de 2012
Data de Término da vigência: 30 de novembro de 2014
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Saúde Coletiva - Saúde Pública
Pesquisador responsável:Solange Papini
Beneficiário:Solange Papini
Instituição Sede: Instituto Biológico (IB). Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA). Secretaria de Agricultura e Abastecimento (São Paulo - Estado). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Doenças transmissíveis  Dengue  Aedes aegypti  Insetos vetores  Inseticidas  Malationa  Resíduos tóxicos 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Contaminacao De Superficies | Residuos Em Agua De Lavagem | Seguranca A Saude

Resumo

A dengue é uma infecção viral transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti, que também pode ser vetor da febre amarela. Embora a febre amarela tenha sido erradicada na maioria das grandes cidades, o mosquito Aedes aegypti não foi eliminado do país. Com o início da industrialização, na década de 1940, novos criadouros, como pneus e ferro-velho, passaram a estar disponíveis ao mosquito. Além disso, a migração desordenada das pessoas do campo para a cidade aumentou ainda mais o fornecimento de abrigo para esses insetos. Esses fatores, juntamente com uma fraca política de saúde pública permitiram o reaparecimento do Aedes aegypti nas cidades e a ocorrência de novas epidemias de dengue. A falta de uma vacina que possibilite a imunização da população exposta, aliada à grande adaptabilidade do mosquito ao ambiente urbano, dificulta o controle dessa endemia. O controle do mosquito envolve a orientação da população quanto aos cuidados para a eliminação dos possíveis criadouros, o manejo ambiental e a aplicação de inseticidas visando reduzir o número de larvas e de mosquitos adultos. O Ministério da Saúde recomenda o controle químico do vetor na fase larvária e na fase adulta com a utilização de inseticidas, principalmente, dos grupos químicos dos piretróides e organofosforados, sendo que entre estes últimos se destacam o malationa e o fenitrotiona usados em concentrações elevadas. Atualmente, na cidade de São Paulo, e em muitas outras cidades do país, é utilizado o inseticida organofosforado malationa grau técnico (GT) 96% diluído em óleo vegetal (1:2 v/v) para formar a calda de aplicação usada no controle do mosquito adulto. O malationa é aplicado por meio de nebulização com equipamentos para aplicações a UBV (ultra baixo volume) de pequeno alcance nas edificações. As gotas ficam um determinado tempo em suspensão e acabam se depositando nas diferentes superfícies existentes em uma residência, que devem ser removidas por meio de limpeza adequada e segura à saúde. Em trabalho desenvolvido entre 2009 e 2011, com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - FAPESP (projeto n° 09/52959-4) para avaliação da capacidade de retenção das vestimentas dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e da presença de resíduos de malationa na água resultante da lavagem desses uniformes, observou-se que existe uma carência de informações acerca da limpeza do interior das edificações após a aplicação do produto. Às questões da população, os agentes de zoonoses e os próprios técnicos têm dúvidas sobre como orientar a limpeza de modo que seja seguro à saúde do indivíduo e eficaz no procedimento. Para orientar de forma segura a população, visando minimizar os riscos de exposição, há necessidade de se estabelecer procedimentos para limpeza segura e eficaz das diferentes superfícies expostas à calda oleosa de malationa aplicada sob nebulização. Assim, esse trabalho se propõe a estabelecer procedimentos de limpeza dos diferentes tipos de superfície intradomiciliares expostas à calda de malationa e disponibilizar as informações técnicas obtidas à população em site de acesso gratuito. Para isso diferentes superfícies como madeira, fórmica, cimento, tecido e plástico serão expostas à calda de malationa em ambiente laboratorial controlado e submetidas à limpeza com água e sabão. A água residual será submetida a procedimentos de extração para recuperação do malationa e os extratos serão analisados por cromatografia gasosa para detecção e quantificação desse ingrediente ativo. Os resultados serão comparados com os mesmos tipos de superfícies expostas à calda, mas não lavadas com água e sabão. (AU)

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Publicações científicas
(Referências obtidas automaticamente do Web of Science e do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores)
REGINA CRISTINA BATISTA FERREIRA; SOLANGE PAPINI; LUIZ CARLOS LUCHINI; ELIANE VIEIRA. Permanência do malathion usado no controle da dengue em superfícies domiciliares. Arq. Inst. Biol., v. 86, . (12/51164-0)