O dilema das decisões sobre populações humanas em parques: jogo compartilhado entre técnicos e residentes no núcleo Picinguaba

• Processo: 12/50466-3
• Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Livros no Brasil
• Data de Início da vigência: 01 de novembro de 2012
• Data de Término da vigência: 31 de julho de 2014
• Área do conhecimento: Interdisciplinar
• Pesquisador responsável: Eliane Simoes
• Beneficiário: Eliane Simoes
• Instituição Sede: Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais (NEPAM). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
• Assunto(s): Conservação dos recursos naturais Parques estaduais População Serra do Mar (SP) Livros Publicações de divulgação científica
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Parque Estadual Da Serra Mar | Populacoes Tradicionais

Resumo

Análise de processos decisórios sobre a gestão da presença de populações, com enfoque nas restrições ao uso e acesso aos recursos naturais no interior do núcleo Picinguaba do Parque Estadual da Serra do Mar. Foi utilizada a análise situacional para verificar situações de ação ocorridas entre 2001 e 2009 consideradas mais significativas, no jogo de interações proveniente do posicionamento dos atores governamentais e dos residentes em arena. Concluiu-se que a manutenção de populações residentes no parque, mesmo sob regime de proteção integral, em zonas de manejo especial, denominadas histórico-culturais antropológicas, não impede e pode contribuir com a integridade da biodiversidade, quando estas são incluídas no processo decisório através de mecanismos participativos, integradores e reconhecidos como legítimos. Pactos puderam ser concluídos e obtiveram maior êxito conforme: a disposição que os atores apresentaram em negociar, as relações de confiança estabelecidas e os argumentos agregaram motivações. As demandas provenientes dos residentes evoluíram ao longo do período sob investigação de necessidades básicas (acesso à cidadania), à titularidade da terra (autonomia de gestão do território). Os pactos formulados significaram acomodações temporárias aos conflitos, compreendidos como geradores de possibilidades potenciais de negociação, diretamente relacionados à capacidade de governança instalada na localidade. (AU)