Busca avançada
Ano de início
Entree

A fronteira urbana: urbanização, industrialização e mercado imobiliário no Brasil

Processo: 14/08855-8
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Livros no Brasil
Data de Início da vigência: 01 de agosto de 2014
Data de Término da vigência: 31 de julho de 2015
Área do conhecimento:Ciências Humanas - Geografia - Geografia Humana
Pesquisador responsável:César Ricardo Simoni Santos
Beneficiário:César Ricardo Simoni Santos
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Urbanização  Metrópoles  Mercado imobiliário  Industrialização  Espaço urbano 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Acumulação | capital excedente | centralização geográfica | Dinâmica Territorial | reprodução do espaço urbano | urbanização | Geografia Econômica/Geografia Urbana

Resumo

A metrópole de São Paulo passa por profundas transformações desde a década de 1990. O chamado "vetor sudoeste" se elaborou como a nova centralidade econômica do país. Esse processo se remete à reprodução do espaço urbano como condição, meio e produto da acumulação de capital. A potência desse fenômeno e dessa condição é relativamente nova. A história da concentração geográfica do capital na cidade de São Paulo favoreceu sempre a abertura de novas oportunidades de investimentos in loco, mas a intensidade do processo aumenta exponencialmente quando um movimento de concentração começa a dar lugar à centralização geográfica do capital. A partir daí, a concentração se torna, ela mesma, a condição de reposição de novas oportunidades de investimentos na centralidade constituída, numa dinâmica que consome configurações espaciais previamente capitalistas. Trata-se de uma acumulação especificamente urbana. No Brasil, essa dinâmica espacial do capital não foi tão significativa até a década de 1990. A hipótese que explica esse descompasso no caso brasileiro reconhece a prioridade do processo de produção sobre a reprodução do espaço urbano. Isso significa que a urbanização se estendeu no tempo porque pôde se estender no espaço. A urbanização expandida do território brasileiro foi aqui objeto da ação de um Estado comprometido com a realização do capital e assim absorveu lucrativamente os excedentes frequentemente gerados na economia brasileira. Com a crise do Estado desenvolvimentista e com as condições apresentadas nos grandes centros nacionais, o processo de valorização exigiu mais do que se podia conseguir com a manutenção de uma enfraquecida dinâmica expansionista. Aqui o Estado se reorganiza e cria novos instrumentos que o permitem atuar na escala metropolitana. A produção de novas centralidades, como momento da reprodução do espaço urbano, e a centralização geográfica diminuem a importância das dinâmicas expansionistas na realização do capital. A intensificação geográfica do capital, na era das finanças mundializadas, passa a compor o centro das estratégias de acumulação. (AU)

Matéria(s) publicada(s) na Agência FAPESP sobre o auxílio:
Mais itensMenos itens
Matéria(s) publicada(s) em Outras Mídias ( ):
Mais itensMenos itens
VEICULO: TITULO (DATA)
VEICULO: TITULO (DATA)