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Camaradas caretas: drogas e esquerda no Brasil após 1961

Processo: 14/07669-6
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Livros no Brasil
Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2014
Data de Término da vigência: 31 de agosto de 2015
Área do conhecimento:Ciências Humanas - História - História Moderna e Contemporânea
Pesquisador responsável:Henrique Soares Carneiro
Beneficiário:Henrique Soares Carneiro
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):História social  Partidos políticos  Movimentos sociais  Esquerda (ideologia política)  Drogas ilícitas  Brasil  Publicações de divulgação científica  Produção científica  Livros 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Brasil | drogas | Esquerda | Movimentos Sociais | Partidos Políticos | proibição das drogas | História Social

Resumo

Enquadradas arbitrariamente no mesmo termo generalizante drogas, diversas substâncias psicoativas de diferentes efeitos e tradições foram proibidas a partir do começo do século XX por conta de interesses morais, econômicos e políticos justificados por um questionável discurso defensor da saúde pública. A proibição destas substâncias não incidiu sobre seus possíveis efeitos danosos e trouxe consigo uma série de outros problemas, como violência do crime e do Estado, corrupção, criminalização da pobreza, encarceramento em massa, ingerência imperial sobre territórios desejados e ingerência estatal sobre a vida privada dos cidadãos. Mesmo assim, com algumas exceções, a questão não ocupou lugar de destaque nos programas e na atuação das organizações de esquerda no Brasil, que invariavelmente ignoraram esta questão, quando não se posicionaram favoravelmente ao proibicionismo. Inspiradas em ideais de hierarquia, disciplina e sacrifício militante, e considerando o uso de psicoativos majoritariamente pela chave explicativa da fuga da realidade, estas organizações tiveram pouca sensibilidade para propor outros meios que não o repressivo e o penal para se lidar com problemas decorrentes do abuso no uso de drogas, e menos vezes ainda para lidar com formas alternativas de exploração das tecnologias de si, como definiu Michel Foucault. Além de traçar um panorama das origens da proibição das drogas e seus efeitos, este trabalho investiga que tipo de tratamento foi dado pela esquerda à questão das drogas após 1961 ano tanto da aprovação da Convenção Única sobre Narcóticos, da ONU, quanto dos primeiros rompimentos com o PCB, processo que representou uma reconfiguração na esquerda brasileira. (AU)

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