Navegando em ambientes turbulentos de negócios: estratégias e competências de administração dinâmica de portfólio de fornecedores

• Processo: 14/02120-6
• Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Regular
• Data de Início da vigência: 01 de fevereiro de 2015
• Data de Término da vigência: 31 de janeiro de 2017
• Área do conhecimento: Ciências Sociais Aplicadas - Administração - Administração de Empresas
• Pesquisador responsável: CARLA SOFIA DIAS MOREIRA RAMOS
• Beneficiário: CARLA SOFIA DIAS MOREIRA RAMOS
• Instituição Sede: Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper). São Paulo , SP, Brasil
• Pesquisadores associados: André Luís de Castro Moura Duarte ; Maciej Mitrega ; Peter Naudé ; Sebastian Forkmann ; Stephan Henneberg
• Assunto(s): Cadeia de suprimentos Portfólios Gestão do fornecimento Fornecedores Flexibilidade
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Adaptability | Alignment) | and resilience | Flexibility | Relational strategy | Supplier Relationships Portfolio Management | Supply-Chain Management | Triple-A Supply Chain (Agility | turbulence | Cadeia de Suprimentos e Business-to-Business marketing

Resumo

Na atual era de turbulência, os princípios de eficiência sobre os quais a teoria do gerenciamento da cadeia de suprimentos (SCM) foi desenvolvida, já não são válidos. Portanto, a implementação de vários programas de desenvolvimento de parceiros no âmbito de um portfólio de fornecedores relativamente estável não é mais suficiente para entregar valor superior de forma contínua em ambientes voláteis de negócios. Assim, a agilidade (ou seja, a capacidade de se adaptar e reagir de forma rápida às mudanças, interrupções e oportunidades do mercado), é reconhecida como uma característica importante para o gerenciamento competitivo do portfólio de oferta. Reconfigurar a carteira de fornecedores pode então ser necessário para enfrentar mudanças externas frequentes, tais como novas demandas dos clientes ou mudanças na tecnologia. Adotamos, desta forma, uma visão dinâmica da capacidade da empresa (i.e. dynamic capabiliy view) e argumentamos que para permanecerem competitivas, as empresas precisam ser capazes de gerenciar dinamicamente as suas carteiras de relacionamento com fornecedores. Em outras palavras, as empresas precisam ser capazes de se restruturar, reconfigurar e realinhar os seus fornecedores em resposta a mudanças externas que apresentam ameaças ou oportunidades para os seus negócios. Espera-se, portanto, que as empresas sejam capazes de desenvolver uma cadeia de suprimentos do tipo Triplo-A, ou seja, uma cadeia de suprimentos ágil, adaptável e alinhada. Flexibilidade e resiliência são outras características importantes discutidas na literatura para o gerenciamento eficaz da cadeia de suprimentos. Sugerimos por isso estender o conceito da cadeia de suprimentos do tipo Triplo-A de maneira a incluir também estas duas caraterísticas. No entanto, para que estas competências (i.e. capabilities) sejam eficazes, precisam ser colocados em ação no contexto de uma estratégia adequada. Especificamente, é possível distinguir entre duas importantes estratégias de gerenciamento de carteira de fornecedores: estratégia de exploration (exploração de novos recursos e desenvolvimento de novas competências) e estratégia de exploitation (tirar partido dos recursos e das competências existentes). Com este projeto de investigação, avaliamos em que circunstâncias uma estratégia é preferível sobre a outra para alcançar uma cadeia de suprimentos to tipo Triplo-A, explorando também os potenciais níveis ótimos de ambidestria. Em síntese, as capacidades dinâmicas e as estratégias de gerenciamento de portfólio de fornecedores precisam estar alinhadas para permitir uma navegação eficaz em ambientes turbulentos de negócios, o que é particularmente importante para economias emergentes como o Brasil, que se caraterizam por elevada volatilidade, incerteza e riscos. Para tratar dessas questões, e assim compreender em termos práticos como é que uma empresa pode desenvolver uma cadeia de suprimentos do tipo Triple-A e um gerenciamento eficaz da cadeia de suprimento, desenvolvemos um modelo nomológico que integra capacidades dinâmicas e diferentes tipos de estratégia de gerenciamento de portfólio de fornecedores. Um modelo quantitativo é usado para testar este modelo, usando dados de um painel de administradores da cadeia de suprimentos em 250 empresas brasileiras de diferentes setores. Este estudo contribui, assim, para a literatura em gerenciamento da cadeia de suprimentos, bem como para a literatura de gerenciamento estratégico, avaliando o interplay entre as capacidades e as estratégias chave de gerenciamento de portfolios que permitem gerenciar dinamicamente carteiras de fornecedores à luz da turbulência. Isso é importante uma vez que irá permitir aos adminstradores concentrarem melhor os recursos da empresa no desenvolvimento de aspectos cruciais das capacidades de gerenciamento de relacionamento com fornecedores. Em resumo, os administradores serão dessa forma capazes de tornar a cadeia de suprimentos estrategicamente mais flexível, ágil, eficiente e eficaz. (AU)