Conhecimento e verdade na ontologia fundamental de Martin Heidegger

• Processo: 08/51582-1
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado
• Data de Início da vigência: 01 de março de 2009
• Data de Término da vigência: 28 de fevereiro de 2011
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Filosofia - História da Filosofia
• Pesquisador responsável: Zeljko Loparic
• Beneficiário: Luciano Campos dos Santos
• Instituição Sede: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
• Assunto(s): Verdade Conhecimento Fenomenologia (filosofia)
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Analitica | Conhecimento | Existencial | Fenomenologia | Heidegger | Verdade

Resumo

Este trabalho visa abordar as relações entre conhecimento e verdade na Ontologia Fundamental de Martin Heidegger, elaborada na sua obra principal: Ser e Tempo. A partir das descrições feitas por Heidegger do conhecimento (como um modo derivado e deficiente do ser-no-mundo, do qual resultam proposições sobre "seres simplesmente dados") e da verdade (como abertura e desvelamento, e portanto, como um modo de ser-descobridor do Dasein) na Ontologia Fundamental (onde é visada uma ruptura da tradicional relação entre conhecimento e verdade), objetiva-se analisar se o conceito de derivação, utilizado por Heidegger para se referir ao modo de ser do conhecimento e à proposição em sua relação com o fenômeno originário da verdade e com a compreensão e interpretação originárias, indica desconexão ou continuidade. Essa relação (de derivação) apresenta-se de forma particularmente problemática em trechos do parágrafo 44 de Ser e Tempo, nos quais Heidegger afirma, inclusive, que as leis de Newton (conhecimento físico-matemático, "proposições sobre seres simplesmente dados") são exemplos do modo de ser-descobridor do Dasein, pois elas "se tornaram verdadeiras com Newton" e "com elas, o ente sem si mesmo se tornou acessível ao Dasein", fazendo, ao que parece, cair por terra a intenção do filósofo, em pensar a verdade existencial como algo que não se dá originariamente no conhecimento. Destarte, pode-se questionar se, no contexto mesmo da Ontologia Fundamental, ao contrário do intencionado pelo autor, não se mantém a tradicional relação entre conhecimento e verdade, ainda que de forma problemática, pois, Heidegger é categórico ao afirmar que a verdade não se encontra primariamente no juízo e na proposição. (AU)

Publicações acadêmicas

(Referências obtidas automaticamente das Instituições de Ensino e Pesquisa do Estado de São Paulo)

SANTOS, Luciano Campos dos. Conhecimento e verdade na Ontologia Fundamental de Martin Heidegger. 2011. Dissertação de Mestrado - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Filosofia e Ciências Humanas Campinas, SP.