Mutualismo digestivo entre aranhas, cupins e a planta protocarnívora Paepalanthus bromelioides (Eriocaulaceae)

• Processo: 08/56516-7
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado
• Data de Início da vigência: 01 de março de 2009
• Data de Término da vigência: 31 de janeiro de 2011
• Área de conhecimento: Ciências Biológicas - Ecologia - Ecologia Teórica
• Pesquisador responsável: Gustavo Quevedo Romero
• Beneficiário: Aline Hiroko Nishi
• Instituição Sede: Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas (IBILCE). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de São José do Rio Preto. São José do Rio Preto , SP, Brasil
• Vinculado ao auxílio: 04/13658-5 - Associações entre aranhas e plantas: história natural, interações multitróficas e mutualismos, AP.JP
• Assunto(s): Isoptera
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Interacao Animal-Planta | Isoptera | Isotopo Estavel 15N | Latrodectus Geometricus | Paepalanthus Bromeliodes | Plantas Saprofiticas

Resumo

Paepalanthus bromelioides (Eriocaulaceae) assemelha-se a uma bromélia por acumular água das chuvas e possuir arquitetura em roseta. Esta disposição foliar permite um acúmulo de água e nutrientes formando um tanque central. São encontrados tricomas na base das folhas que possivelmente apresentam funções de atração, adesão, digestão e dissolução de nutrientes. Além de suas vantagens físicas, esta estrutura em roseta também pode favorecer interações entre P. bromelioides e diversos grupos de animais que a utiliza como abrigo ou local de procura de alimento. Um dos residentes mais comuns nessa planta é a aranha Latrodectus geometricus, predadora que caça suas presas próximas ao tanque central, e, por isso pode contribuir com nutrientes para a planta. Outra interação mutualistica digestiva pode ocorrer entre P. bromelioides e térmites. Os térmites atuam na reciclagem de nutrientes e constroem seu termiteiro abaixo das rosetas, formando uma estrutura sólida e compacta que diminui os danos gerados pelo fogo e as perdas de nutrientes pela lixiviação. Assim, recursos presentes no tanque e em solo modificado por térmites poderiam contribuir no enriquecimento mineral (N) da planta. Este estudo pretende avaliar quantitativamente a contribuição de nitrogênio para P. bromelioides que é derivado das interações com aranhas e cupins. Para isso, experimentos de campo serão desenvolvidos utilizando traçadores isotópicos (15N) para responder às seguintes questões: 1) quanto de nitrogênio das fezes das aranhas e de insetos que eventualmente são capturados no tanque é absorvido pelas plantas? 2) na presença de bactérias, a absorção de nitrogênio em ambos os tratamentos anteriores (fezes e presas) é mais efetiva? 3) ocorre absorção de nitrogênio pelas raízes das plantas? 4) Quanto deste nitrogênio é derivado dos cupins? (AU)

Publicações científicas

(Referências obtidas automaticamente do Web of Science e do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores)

NISHI, ALINE HIROKO; VASCONCELLOS-NETO, JOAO; ROMERO, GUSTAVO QUEVEDO. The role of multiple partners in a digestive mutualism with a protocarnivorous plant. ANNALS OF BOTANY, v. 111, n. 1, p. 143-150, JAN 2013. (08/56516-7)

Publicações acadêmicas

(Referências obtidas automaticamente das Instituições de Ensino e Pesquisa do Estado de São Paulo)

NISHI, Aline Hiroko. Mutualismo digestivo entre aranhas, cupins e a planta protocarnívora paelalanthus bromelioides (Eriocaulaceae). 2011. Dissertação de Mestrado - Universidade Estadual Paulista (Unesp). Instituto de Biociências Letras e Ciências Exatas. São José do Rio Preto São José do Rio Preto.