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Significado da morte para médicos frente à situação de terminalidade

Processo: 10/18985-5
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de abril de 2011
Data de Término da vigência: 31 de março de 2012
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Psicologia - Tratamento e Prevenção Psicológica
Pesquisador responsável:Manoel Antônio dos Santos
Beneficiário:Fernanda Cristina de Oliveira Santos Aoki
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP). Universidade de São Paulo (USP). Ribeirão Preto , SP, Brasil
Assunto(s):Atitudes frente à morte   Psicodinâmica do trabalho   Psicologia da saúde   Medicina   Morte   Médicos
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:atitudes frente à morte | Medicina | Médicos | Morte | Psicodinâmica do Trabalho | terminalidade | Psicologia da Saúde

Resumo

A despeito dos avanços tecnológicos e das novas abordagens terapêuticas, o diagnóstico de câncer ainda é visto como um estigma, uma sentença de morte. Por isso, lidar com essa situação é tão difícil, não apenas para aquele que recebe o diagnóstico, como também para aqueles que atuam profissionalmente nesse campo. No âmbito médico-hospitalar a morte foi reduzida a um modelo tecnicista, no qual precisa ser combatida a qualquer custo. Observa-se que a tendência é tratar da doença e não de pessoas, falar de casos de câncer e não de pessoas com câncer. Na guerra imaginária entre a vida e a morte, o paciente terminal passa a ser símbolo vivo de uma derrota para o profissional. Por esta razão é que muitas vezes o médico, ainda que inconscientemente, busca um distanciamento em relação ao paciente terminal. A situação de terminalidade reflete-se na equipe como uma perda da onipotência, principalmente do médico; a questão da morte torna-se, muitas vezes, uma ferida narcísica na prepotência médica, pois o médico se vê destituído de sua função precípua que é deter a morte. A literatura tem abordado como diferentes profissionais significam e lidam com a morte e o morrer, porém estudos relacionados à perspectiva médica ainda são escassos. Diante dessa realidade, o presente estudo tem por objetivo investigar a vivência e significação da morte para os profissionais médicos. A pesquisa será realizada a partir do enfoque metodológico do estudo de caso coletivo (Stake, 2000) e clínico-qualitativo (Turato, 2003) e utilizará o referencial teórico da psicodinâmica do trabalho (Dejours, 1994) para a análise dos dados. Serão investigados médicos contratados e docentes vinculados a uma Unidade de Transplante de Medula Óssea de uma hospital universitário do interior paulista. Para a coleta dos dados serão realizadas entrevistas individuais, audiogravadas mediante o consentimento dos participantes, desenvolvidas a partir de um roteiro semi-estruturado, que abordará as vivências pessoais, acadêmicas e profissionais com a terminalidade. Tais entrevistas serão posteriormente transcritas na íntegra e analisadas segundo o referencial teórico referido. Espera-se poder extrair dos relatos os significados que, muitas vezes, passam despercebidos ou não são pensados no âmbito da prática médica, mas que influenciam as ações e atitudes dos profissionais de saúde. Espera-se que essa análise permita ampliar o olhar para a vivência do profissional, o que possibilitará assisti-lo também em sua dimensão psíquica e suas demandas subjetivas, promovendo a otimização de seu trabalho e, conseqüentemente, do cuidado oferecido.

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