O fundamento ontológico da saturação e insaturação das expressões linguísticas em Peter Strawson

• Processo: 11/09175-2
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de agosto de 2011
• Data de Término da vigência: 31 de outubro de 2012
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Filosofia
• Pesquisador responsável: Lucas Angioni
• Beneficiário: Filipe Martone de Faria
• Instituição Sede: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
• Assunto(s): Ontologia (filosofia) Linguagem Gramática
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Linguagem | ontologia | predicação | referência | saturação | Teoria da predicação

Resumo

As famosas metáforas fregeanas de "saturação" e "insaturação" desempenham um papel fundamental no pensamento de Strawson para a compreensão das diferenças entre expressões referenciais e expressões predicativas. De maneira geral, as primeiras são "saturadas" ou completas em si mesmas em qualquer tipo de sentença, enquanto as segundas são "insaturadas" ou incompletas, e precisam vir acompanhadas de uma expressão referencial para alcançar a completude necessária. Ora, mas quais as razões dessas diferenças? Seriam elas puramente gramaticais, derivadas de uma mera convenção linguística? A resposta de Strawson é negativa. As diferenças gramaticais entre expressões referenciais e expressões predicativas são sintoma de algo anterior: elas apenas refletem a tradicional divisão ontológica entre particulares e universais. A existência dessas duas categorias de entidades, para Strawson, é condição necessária da predicação e deve ser o ponto de partida de qualquer explicação satisfatória dos fenômenos observados nas sentenças assertivas. Assim, é preciso investigar como Strawson explica, a partir da nossa capacidade de introduzir particulares e universais no discurso e da diferença categorial entre tais entidades, a "saturação" das expressões referenciais e a "insaturação" das expressões predicativas.