Do giro da roleta à arquitetura do futuro: a ciência do futuro e a história na obra de Herman Kahn (1947-1984)

• Processo: 11/10952-3
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2011
• Data de Término da vigência: 30 de novembro de 2014
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - História - Teoria e Filosofia da História
• Pesquisador responsável: Fredric Michael Litto
• Beneficiário: Fabio Sapragonas Andrioni
• Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Bolsa(s) vinculada(s): 12/21074-0 - Do giro da roleta à arquitetura do futuro: a ciência do futuro e a história na obra de Herman Kahn (1947-1979), BE.EP.DR
• Assunto(s): História da ciência História das ideias Filosofia da história Teoria da história Futurismo
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Filosofia da História | Futurismo | Herman Kahn | História Contemporânea - EUA | História da ciência | Teoria da História | História das Idéias

Resumo

Findada a II Guerra, duas nações despontaram: a URSS e os EUA. As duas potências concorreram durante praticamente 45 anos pela influência política, econômica e ideológica mundial. Essa disputa se assentava em uma base histórica que apontava também possibilidades distintas de futuro para a humanidade. O que queremos aqui é entender a proposta de futuro formulada por uma figura do período: o estrategista militar e futurista americano, Herman Kahn. Mais especificamente, pretendemos compreender como Kahn teorizou e instrumentalizou a história para desenvolver, entre 1947 e 1984, suas previsões e seu método de planejamento do futuro. Não é possível atingir esse intento sem abordar a trajetória profissional de Kahn, que trabalhou, inicialmente, com o método probabilístico Monte Carlo, o qual se baseava na obtenção de resultados aleatórios para especulações de alta complexidade - como, por exemplo, o girar de uma roleta. Depois de alguns anos trabalhando com física e matemática, Kahn voltou-se especificamente às questões militares e, nos anos 1960, ao futuro de forma ampla. Como resultado, apresentou uma explicação teleológica para a história e apontou um possível desenvolvimento futuro para a humanidade, que, todavia, deveria ser alcançado a partir de planejamentos e especulações. Assim, não é possível compreender a formulação de tal proposta fora de dois contextos: o da disputa ideológica da Guerra Fria e o dos processos e das contradições internas do mundo capitalista. Isso se dá, pois o método futurista de Kahn é um produto histórico, uma vez que mudou ao longo do tempo, conforme a necessidade do ambiente em que se aplicava. Destarte, a compreensão do método de Kahn permite entender como ele instrumentaliza a história, e vice-versa.

Publicações acadêmicas

(Referências obtidas automaticamente das Instituições de Ensino e Pesquisa do Estado de São Paulo)

ANDRIONI, Fabio Sapragonas. Quando a história também é futuro: as concepções de tempo passado, de futuro e do Brasil em Herman Kahn e no Hudson Institute (1947-1979). 2014. Tese de Doutorado - Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH/SBD) São Paulo.