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O canibalismo como conceito de tradução: de Goethe a Haroldo de Campos

Processo: 09/53063-4
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de outubro de 2011
Data de Término da vigência: 31 de outubro de 2014
Área de conhecimento:Linguística, Letras e Artes - Letras - Literatura Comparada
Pesquisador responsável:John Milton
Beneficiário:Vanete Santana-Dezmann
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Bolsa(s) vinculada(s):12/24093-5 - Goethe e o canibalismo como conceito de tradução, BE.EP.PD
Assunto(s):Pós-colonialismo   Estruturalismo   Pós-estruturalismo
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Estruturalismo | Haroldo De Campos | Johann Wolfgang Von Goethe | Pos-Colonialismo | Pos-Estruturalismo | Teorias De Traducao

Resumo

Para as concepções de tradução de cunho estruturalista, a tradução se resume ao transporte do significado de um texto até outro, por meio de uma segunda língua. Já para as de cunho etnocentrista, ela deve nacionalizar e naturalizar o texto estrangeiro. Para os pós-estruturalistas, que não se encontram em nenhum desses pólos, trata-se de uma atividade manipulativa e carregada de intenções desenvolvida dentro de uma relação desigual entre textos, autores e sistemas. Uma das metáforas de tradução, por eles utilizada, é o canibalismo o tradutor/autor utilizaria o texto estrangeiro para alimentar a cultura local. Else Vieira, por exemplo, defende que é natural que de países periféricos e ex-colônias emerjam conceitos que valorizam a tradução, em oposição ao conceito eurocêntrico segundo o qual o texto de partida seria naturalmente superior. A partir dessa observação, percebemos que a disputa entre diferentes linhas teóricas relativas à tradução se desenrola em um contexto de disputa política e econômica. É neste contexto que Vieira recupera a noção de tradução como canibalismo, que vê como subjacente ao conceito de tradução de Haroldo de Campos, em que o texto a ser traduzido seria o nutriente para o tradutor/autor. Segundo ela, a origem do conceito de Haroldo estaria em Oswald de Andrade, porém, dado seu contato com a obra de Johann Wolfgang von Goethe, pode-se supor que Haroldo o tenha herdado do escritor alemão, que também usou o canibalismo como metáfora de tradução. Partindo desta hipótese e do fato de que tal raciocínio de Goethe está relacionado ao projeto romântico de construção da "germanidade", caberia investigar em que medida dois contextos aparentemente tão díspares como o da Alemanha do século XVIII e o do Brasil do século XX puderam suscitar concepções tão similares de tradução. (AU)

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