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Lesões musculares e desequilíbrio muscular em atletas profissionais de futebol: estudo retrospectivo de 10 anos.

Processo: 11/10132-6
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de outubro de 2011
Data de Término da vigência: 30 de setembro de 2012
Área de conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina
Pesquisador responsável:Rene Jorge Abdalla
Beneficiário:João Victor Novaretti
Instituição Sede: Escola Paulista de Medicina (EPM). Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Campus São Paulo. São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Lesão muscular
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:avaliação isocinética | desequilibrio muscular | lesão muscular | Ortopedia e Traumatologia

Resumo

INTRODUÇÃO:- A lesão muscularAs lesões musculares podem ocorrer por diversas causas e são responsáveis por um grande número de lesões durante a prática esportiva, profissional ou não, correspondendo a 10 a 55% de todas as lesões sofridas por atletas. Estas lesões ocorrem através de uma variedade de mecanismos, por exemplo, trauma, tensão e contusões. A lesão que mais acomete os jogadores de futebol é a lesão dos músculos da região posterior da coxa (músculos ísquiotibiais) que correspondem a 12% das lesões no futebol (1, 2, 3, 4,5). Existem diversas classificações para lesões musculares, que classificam em graus utilizando como parâmetros principalmente a força, a movimentação e a porcentagem muscular lesionada. A classificação proposta por Jarvinen utiliza a seguinte divisão:-Leve (Grau 1 - lesão de algumas fibras, fáscia intacta): edema mínimo, pouca dor, mínima ou nenhuma perda de Força Muscular e Amplitude De Movimento-Moderada (Grau 2): perda de Força Muscular óbvia-Grave (Grau 3 - lesão completa das fibras e fáscia) - perda completa da função muscularUm dos principais fatores de risco para lesão muscular é o desequilíbrio entre os músculos extensores e flexores (6). Outros fatores de risco conhecidos são musculatura encurtada, lesão prévia, campo molhado, membro inferior dominante e idade (7). Quanto a prevenção das lesões musculares, a restauração do equilíbrio entre grupos musculares agonistas e antagonistas diminui significativamente o risco de lesão (6) e, consequentemente, a incorporação de exercícios excêntricos para os músculos isquiotibiais durante as sessões de treinamento de resistência na pré-temporada reduz a incidência de lesões musculares dos ísquiotibiais (8,9), e pode ser especialmente importante se o atleta tem um histórico de lesões musculares (10).- Avaliação isocinéticaA avaliação isocinética teve seu início na década de 60. Ela caracteriza-se por um movimento muscular com uma velocidade angular constante e pode ser realizada de forma concêntrica (encurtamento do músculo) ou excêntrica (alongamento do músculo). O teste permite avaliar o desequilíbrio muscular entre antagonistas e agonistas (ex.: quadríceps vs. ísquiotibiais) e entre os membros inferiores (dominante vs. não dominante). - Objetivos1) Realizar uma avaliação epidemiológica das lesões musculares em um time de futebol profissional através de um estudo retrospectivo de 10 anos2) Correlacionar a presença de um desequilíbrio muscular (avaliado pelo teste isocinético) com a ocorrência de uma lesão muscular.MÉTODOS:- SujeitosAtletas profissionais de futebol, do sexo masculino, de um time de elite de São Paulo.- Tipo de estudoO estudo será retrospectivo e observacional de 2000 a 2010. Utilizaremos o banco de dados da equipe médica responsável pelos atletas. - Desfechos avaliados- dados demográficos: idade, sexo, posição em campo- dados da lesão muscular: data da lesão, músculo envolvido, tempo de afastamento da atividade esportiva.- resultados dos testes isocinéticos realizados duas vezes ao ano (Janeiro/Fevereiro e Junho/Julho) nesta equipe: testes foram feitos a uma velocidade de 60° por segundo. O principal desfecho avaliado será a relação entre os peak torques dos músculos ísquiotibiais entre os dois membros inferiores. Também avaliaremos a relação entre a musculatura anterior (quadríceps) e posterior (ísquiotibiais) da coxa de cada membro inferior.- Análise estatísticaOs dados contínuos serão apresentados como média ± desvio padrão. A normalidade dos dados será avaliada pelo teste de Kolmogorov-Smírnov. Faremos uma análise exploratória dos dados demográficos em relação ao número de lesões musculares, uma regressão logística para relacionarmos a presença (ou não) de um déficit de força muscular na avaliação isocinética com a lesão muscular.O nível de significância adotado será de 5% (p < 0,05).

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