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A campanha Anna Pata Anna Yan. Relações entre povos indígenas da Raposa Serra do Sol e ONGs internacionais.

Processo: 11/21513-0
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de março de 2012
Data de Término da vigência: 31 de janeiro de 2013
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Antropologia - Teoria Antropológica
Pesquisador responsável:Piero de Camargo Leirner
Beneficiário:Anna Catarina Morawska Vianna
Instituição Sede: Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH). Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). São Carlos , SP, Brasil
Assunto(s):Etnografia
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Antropologia | Associações Indígenas | Etnografia | ONGs | Raposa Serra do Sol | Relações Transnacionais | Antropologia dos Fenômenos Globais

Resumo

Em meados de 2008, semanas antes do Supremo Tribunal Federal julgar a demarcação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, o Conselho Indígena de Roraima (CIR) promoveu na Europa a campanha Anna Pata Anna Yan [Nossa Terra Nossa Mãe]. Tomando como ponto de partida o argumento dos principais opositores dos índios - os rizicultores instalados dentro da área demarcada - de que as relações entre o CIR e ONGs internacionais eram marcadas pela "obscuridade", pretende-se descrever aquela campanha internacional, em sua passagem por Londres, sob a perspectiva do CIR e das organizações que o apoiaram - Amnesty International, Catholic Agency for Overseas Development e Survival International. O objetivo do projeto é etnografar as relações entre associações indígenas e organizações internacionais, e mais amplamente, refletir sobre como a antropologia pode ajudar na compreensão das relações transnacionais. Ao invés de adotar a suposição analítica de que o mundo é um sistema único e compartilhado por todos, procedimento comum em investigações que buscam esclarecer as relações internacionais (e assim torná-las menos "obscuras"), esta pesquisa prefere dar atenção às suposições que os próprios atores elaboram sobre o mundo. A hipótese é que os atores delineiam composições explicativas sobre o mundo com base no que não vêem, e estas composições, por sua vez, são cruciais para os rumos que as relações tomam. Não se trata de elucidar o que parece "obscuro", mas realçar como o que os atores não vêem gera efeitos nas relações. Apenas através do deslocamento que a abordagem etnográfica exige é possível explorar, a partir dos diferentes pontos de vista: a) as composições explicativas sobre o mundo elaboradas pelos atores; e b) os efeitos destas composições na definição de potenciais alianças e na sedimentação das relações.

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