O refluxo laringofaríngeo causa apneia? Um estudo da correlação temporal entre episódios de refluxo gastroesofágico alto e apneia obstrutiva do sono

• Processo: 11/21314-8
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de junho de 2012
• Data de Término da vigência: 31 de maio de 2013
• Área de conhecimento: Ciências da Saúde - Medicina
• Pesquisador responsável: Claudia Alessandra Eckley
• Beneficiário: Júlio Patrocínio Moraes
• Instituição Sede: Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP). Fundação Arnaldo Vieira de Carvalho. São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Otorrinolaringologia Refluxo gastroesofágico Apneia do sono Inflamação Polissonografia
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Apnéia do Sono | Doença do Refluxo Gástro-esofágico | Refluxo laringo-faríngeo | Otorrinolaringologia

Resumo

A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) e suas formas atípicas (Refluxo Laringofaríngeo - RLF) têm sido correlacionadas com a síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS) por vários motivos. Como estas duas doenças são altamente pre.valentes e ambas causam significativa piora na qualidade de vida dos indivíduos, sua associação poderia potencializar esta piora. A teoria mais aceita seria aquela correlacionada ao processo inflamatório que o material gastroduodenal refluído desencadeia na mucosa laringofaríngea estreitando sua luz ou ainda alterando os mecanoreceptores da via respiratória alta. A apneia, também poderia ser causada por hiperestimulação vagal gerando laringoespasmo. No entanto, ainda não está claro se os episódios de refluxo são a causa ou consequência da apneia, ou ainda se há uma correlação temporal entre as duas doenças. O objetivo do atual estudo é de avaliar a possibilidade da presença de correlação temporal entre o episódio de refluxo a apneia através do estudo concomitante da ph-impedanciometria esofágica com a polissonografia. Serão estudados 20 adultos com RLF e SAOS. Serão feitos cortes nos períodos de 15 e 30 segundos, 1 minuto, 5 minutos, 15 minutos e 30 minutos após os eventos de refluxo a fim de avaliar se há correlação temporal entre o evento de refluxo e apneias, microdespertares e dessaturações de oxigênio. Não temos conhecimento de estudo similar na literatura ocidental que tenha utilizado sistematicamente esta metodologia para tentar estabelecer uma relação temporal entre RLF e SAOS. (AU)