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Efeito da radiação solar e da temperatura na emissão de metano associado com a produção calor metabólico e perda de calor latente em ruminantes

Processo: 12/12569-5
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Programa Capacitação - Treinamento Técnico
Data de Início da vigência: 01 de julho de 2012
Data de Término da vigência: 30 de junho de 2013
Área de conhecimento:Ciências Agrárias - Zootecnia - Ecologia dos Animais Domésticos e Etologia
Pesquisador responsável:Alex Sandro Campos Maia
Beneficiário:Marcos Davi de Carvalho
Instituição Sede: Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Jaboticabal. Jaboticabal , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:11/17388-6 - Efeito da radiação solar e da temperatura na emissão de metano associado com a produção calor metabólico e perda de calor latente em ruminantes, AP.R
Assunto(s):Radiação solar   Ruminantes   Temperatura atmosférica   Gases do efeito estufa   Mudança climática
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Calor latente | Calor Metabolico | Metano Entérico | Radiação solar | ruminantes | Temperatura | Bioclimatologia

Resumo

Análises do ar encapsulado no gelo polar têm mostrado que nos 450.000 anos que antecederam a era industrial os níveis atmosféricos de CH4 e CO2 não excederam 700ppb e 300 ppm, respectivamente. No entanto, nos últimos 200 anos a concentração desses gases vem se elevando, o CO2 passou de aproximadamente 300 para 400 ppm, enquanto o CH4 passou de aproximadamente 800 para 1800 ppb. Provavelmente em consequência dessa alteração, a temperatura média da atmosfera nesse período elevou-se em cerca de 0,5°C, o que irá atingir a agricultura e afetar diretamente a produção de alimentos, com consequências sociais graves. A fermentação entérica é reconhecida como uma das mais importantes fontes de emissão de CH4. No Brasil ela é responsável por 63,2% da geração deste gás, cerca de 243 Tg, enquanto que os sistemas de manejo de dejetos de animais são responsáveis pela emissão de aproximadamente 16,2 Tg. Ou seja, a produção animal é responsável direta pela liberação na atmosfera de aproximadamente 260 Tg de CH4, contribuindo com 12% do total das emissões brasileiras de gases do efeito estufa convertidas por meio da métrica Potencial de Aquecimento Global (GWP). Em vista desta situação, o Brasil definiu recentemente a sua Política Nacional sobre Mudança do Clima - PNMC, instituída por meio da Lei 12.187/09, pela qual o Brasil adotará ações voluntárias de mitigação das emissões de gases de efeito estufa, com vistas a reduzir entre 36,1% e 38,9% as emissões projetadas até 2020, sendo que a agropecuária terá que reduzir entre 4,9% a 6,1% de suas emissões. Estudos com ruminantes demonstram que a emissão de CH4 depende da quantidade do alimento ingerido, da qualidade da dieta, da hora do dia e das condições de climáticas. Assim, o desenvolvimento de estratégias que reduzam a emissão de CH4em ruminantes, se faz necessário e urgente. Um dos passos nessa direção é quantificar a emissão de CH4 em ruminantes sob diferentes condições ambientais de temperatura, umidade e radiação, considerando que o Brasil é um país de extensão continental que apresenta várias condições climáticas em seu território. Por outro lado, estudar essa emissão entérica de CH4 em ruminantes e ao mesmo tempo medir a produção de calor metabólico envolvida no equilíbrio térmico dos animais, pode proporcionar ferramentas valiosas diante deste cenário. Esses estudos irão contribuir para o desenvolvimento de tecnologias para a agricultura, no sentido de otimizar a produção de alimentos de origem animal, ao mesmo tempo sem esquecer a responsabilidade ambiental. Dessa forma, será possível atender melhor aos efeitos do crescimento previsto da população humana nos próximos anos. (AU)

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