Avaliação tardia da sobrevida e da recuperação da função renal de pacientes após episódio de injúria renal aguda de diferentes etiologias

• Processo: 13/19453-5
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de dezembro de 2013
• Data de Término da vigência: 30 de novembro de 2014
• Área de conhecimento: Ciências da Saúde - Medicina - Clínica Médica
• Pesquisador responsável: Daniela Ponce
• Beneficiário: Luana Carolina Poncio de Oliveira
• Instituição Sede: Faculdade de Medicina (FMB). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Botucatu. Botucatu , SP, Brasil
• Assunto(s): Nefrologia Etiologia Lesão renal aguda Sobrevida Estudos retrospectivos Estudos de coortes
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Injúria renal aguda | Mortalidade Tardia | progressão da doença renal | Nefrologia

Resumo

A Injúria Renal Aguda (IRA) é frequente em pacientes hospitalizados e caracterizada pela diminuição súbita da função renal, de etiologia multifatorial e com mortalidade elevada tanto intra-hospitalar como em longo prazo. Dados recentes de literatura mostram que os pacientes com IRA devem ser acompanhados por longos períodos, mesmo após a resolução do quadro inicial. Ao avaliar o prognóstico da IRA em longo prazo, não só a sobrevida, como também a recuperação e progressão da doença renal são questões importantes. Estudos recentes mostram que a sobrevida desses pacientes após 10 anos varia de 15 a 72%. A IRA também está associada ao desenvolvimento de doença renal crônica por mecanismos ainda não completamente definidos. Desta forma, os resultados descritivos e comparativos do acompanhamento em longo prazo dos pacientes que sobrevivem a IRA de diferentes etiologias são escassos ou desconhecidos e muitos autores acreditam que a IRA não deve ser vista como um evento que é resolvido após alguns dias e que os pacientes devem ser acompanhados por longos períodos. Objetivos: O objetivo do nosso estudo é avaliar e comparar a sobrevida e recuperação de função renal em longo prazo dos pacientes após episódios de IRA de diferentes etiologias. Metodologia: Trata-se de um estudo tipo coorte retrospectivo realizado em único centro com pacientes atendidos e acompanhados pelo Grupo de IRA da Disciplina de Nefrologia do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB-UNESP), no período de outubro de 2004 a dezembro de 2013. Serão incluídos pacientes sobreviventes ao episódio de IRA renal e pós renal, seguidos ambulatorialmente por nefrologistas por período mínimo de 12 meses após alta hospitalar. O diagnóstico de IRA será baseado nos critérios do AKIN e obtido pela história clínica, identificação do insulto, exame físico, exames séricos e urinários e dados de ultra-som renal, quando necessário. Serão excluídos pacientes menores de 18 anos, com diagnóstico de IRA de outras etiologias, com creatinina basal > 4mg/dl (DRC avançada), transplantados renais e gestantes. Os pacientes serão avaliados quanto às características clínicas e laboratoriais, recuperação de função renal, progressão da DRC com e sem necessidade de TSR e óbito. A seguir, os pacientes serão divididos, de acordo com a etiologia da IRA e comparados quanto às características clínicas, recuperação da função renal e óbito sendo excluídos os pacientes com perda de seguimento. Inicialmente será feita análise descritiva de todos os pacientes acompanhados no período, Posteriormente, os pacientes serão divididos em grupos de acordo com a etiologia da IRA e comparados quanto às diferentes variáveis utilizando o test t ou Mann-Whitney para variáveis contínuas e Qui-Quadrado ou Fisher para variáveis categóricas Ao final do estudo serão apresentadas curvas de Kaplan Meyer de sobrevida renal e dos pacientes durante o período de acompanhamento. Para todos os testes o nível de significância estatística será 5%. (AU)